quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sé Catedral de Lamego













Armas de D. Frei Feliciano Nª Senhora, bispo de Lamego de 1742 - 1771

















Armas de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras




Sepultura de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras 
 

Armas de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras

Armas de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras 
 
Armas de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras 
 
Armas de D. Frei Feliciano Nª Senhora, bispo de Lamego de 1742 - 1771

Torre
É uma construção românica, até à altura dos sinos (séc. XII-XIII), possuindo frestas interessantes do mesmo período, com especial destaque para a notável fresta que se abre do lado nascente. A parte cimeira é já obra do séc. XVI, da iniciativa do bispo D. Manuel de Noronha que ali deixou gravada a sua pedra de armas. A Torre serviu de cadeia por muito tempo, até que o Bispo D. Frei Feliciano de Nossa Senhora  resolveu retirar o cárcere, "tenebroso, que mais parecia sepultura de mortos” (Azevedo, 1877).
Frontaria
Na fachada, podem admirar-se três notáveis pórticos de arquivoltas múltiplas, magnificamente lavrados no granito, obra dos finais do gótico flamejante, notando-se nos dois laterais já influência do período renascentista. As portas robustas e almofadadas, são valiosos exemplares da marcenaria portuguesa.
Interior
O corpo principal está dividido em três naves, correspondendo cada uma à sua porta de entrada, avultando nas abóbadas as coloridas pinturas de Nicolau Nasoni, executadas entre 1737 e 1738, representando passagens do antigo Testamento.
A capela-mor é ampla e grandiosa onde se pode ver, sobre o altar-mor, uma boa tela representando Nossa Senhora da Assunção.
A Capela do SS. mo Sacramento possui três magníficos altares de talha dourada da autoria de João Correia Lopes, construídos por volta de 1753. Cada um destes altares possui uma pintura em tela (séc. XVIII). Ainda nesta capela, merece especial atenção o riquíssimo frontal em prata cinzelada de fabrico portuense do séc. XVIII. A meio da nave norte conserva-se um púlpito de bela execução artística, obra de João Correia Monteiro (1762).
Coro - Alto
Podemos ali admirar uma magnífica escultura em madeira estofada do Senhor Jesus Crucificado (séc. XVIII) e ainda, nesta sala, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição – escultura portuguesa em madeira estofada do século XVII. Encostada à grade do coro, sob um baldaquino de vistosa talha dourada, sustentado por quatro colunas, está o Cristo Crucificado, em madeira estofada (sé. XVIII). Na sala ao lado, sobreposta à nave da Epístola, existe uma bonita imagem de Nossa Senhora da Vitória, trabalho nacional em madeira estofada (séc. XVI).
Claustro
Concluído em 1557, apresenta quatro grupos de arcos do período de transição do gótico para o renascimento. Neste espaço, junto à arcaria do lado nascente, existem duas capelas mandadas construir pelo bispo D. Manuel de Noronha, no século XVI, uma de invocação a S. Nicolau e outra a Santo António. Estas capelas apresentam altares de boa talha sendo as paredes laterais da capela de S. Nicolau revestidas de magníficos painéis cerâmicos (séc. XVIII) referentes a S. Nicolau. Ambas possuem admiráveis portões em ferro forjado, da melhor serralharia portuguesa. 
Classificação: MN - Monumento Nacional

Localização: centro histórico de Lamego

Santuário de Nossa Senhora dos Remédios - Lamego
















   No local onde foi erigida a capela–mor de Nossa Senhora dos Remédios existia uma pequena ermida, mandada construir pelo bispo D. Durando, em 1361, dedicada a Santo Estêvão.
   Em 1568, o bispo de Lamego D. Manuel de Noronha autorizou a demolição da velha ermida e, no local onde actualmente se situa o Pátio dos Reis, mandou erguer outra sob invocação de Nossa Senhora dos Remédios. Esta capela acabou por ser também demolida para se erguer o actual Santuário, cuja primeira pedra foi assente em 1750, por iniciativa do cónego José Pinto Teixeira.
  O edifício do Santuário é uma construção em estilo barroco toda trabalhada em granito, deslumbrando pela elegância do estilo, imposta pela criatividade do autor do projecto que se acredita ter sido Nicolau Nasoni.
   A talha é setecentista. O retábulo da capela-mor atrai pelo seu emolduramento, constituindo um quadro original dentro dos entalhamentos portugueses, no centro do qual se encontra a Imagem de Nossa Senhora dos Remédios. De salientar, igualmente, os altares laterais de S. Joaquim e de Santa Ana. Ainda, no interior do templo, podem admirar-se belos painéis de azulejos, bem como interessantes vitrais que enriquecem as paredes do corpo principal e da capela-mor.
   O frontispício do Santuário é a parte mais admirável de todo o edifício, fascinando todos os que se quedam a admirar o fulgor e génio criativo ali patente. Todos os adornos, tão elegantemente refinados no granito, são admiráveis.
   No adro da igreja, do lado sul, existe uma harmoniosa fonte toda esculpida em granito da região, com desenho de Nicolau Nasoni, datada de 1738.
   Levantada sobre o patim, onde terminam os últimos degraus da escadaria, já no adro, em frente do templo, pode ver-se a cruz monolítica, de finíssimos ornamentos. O autor do livro “História do Culto de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego”, do Cónego José Marrana – obra incontornável e de indispensável consulta para quem melhor quer conhecer o Santuário, Escadório e Parque dos Remédios – considera esta peça “a coroa maravilhosa de toda a obra da escadaria, que se impõe e domina pela delicadeza das suas linhas e da sua traça escultural”.
   As duas torres – com projecto do arquitecto Augusto de Matos Cid – iniciaram-se muito mais tarde. A do lado sul começou a ser construída em 1880, vindo a torre do lado norte a concluir-se apenas em 1905.
   A escadaria iniciou-se em 1777 mas as obras só vieram a terminar no século XX.
O quadro mais grandioso da escadaria é sem dúvida o denominado “Pátio dos Reis” – obra arquitectónica admirável, formada pela Fonte dos Gigantes, no centro da qual se eleva um esplêndido obelisco, com cerca de 15 metros de altura. Este pátio é rodeado de várias estátuas que representam os 18 últimos nomes da casa de David. Também notáveis são os dois pórticos que dão acesso lateral para este amplo terreiro.
   De mencionar, também, o pátio de Nossa Senhora de Lurdes ou de Jesus Maria José, onde existe uma capela que o seu fundador dedicou à Sagrada Família. Mais tarde, a Irmandade mandou colocar ali a imagem de Nossa Senhora de Lurdes. Sobre a porta da bonita capela está o brasão do bispo D. Manuel de Vasconcelos Pereira, seu edificador.
   Em frente desta capela encontra-se a fonte da Sereia, cujo nome advém do facto de ter a adorná-la uma escultura de um tritão montado num golfinho – figura que para o comum dos visitantes se assemelha a uma sereia. De referir ainda, na escadaria, a monumental
Fonte do Pelicano em granito lavrado. Particularmente interessante nesta fonte é a escultura do pelicano
   A arborização do parque, a gruta, bem como o lago e ponte, foram encomendadas pela Irmandade à Companhia Hortícola do Porto em 1898. A gruta do fundo foi construída em 1910 por um artista de Arneirós.
   O parque, cortado por várias veredas e com vários recantos com mesas para merendas, possui variadíssimas espécies de árvores, tais como: teixos, ciprestes, olaias, acácias, tílias, choupos, faias, carvalhos, eucaliptos, ulmeiros, medronheiros, castanheiros e tantas outras.

Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público


in:http://www.cm-lamego.pt/