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terça-feira, 22 de julho de 2014

Casa dos viscondes do Banho, Rio de Moinhos, Sátão







Escudo em cartela sob elmo, coronel de visconde e timbre.
Partido: I - Morais. II - Sarmento.
Timbre: Morais.

Edifício de planta em L, com capela. Fachada principal de dois pisos, marcada pela escadaria de dois lanços, com o brasão da família entre as duas portas de acesso ao imóvel. No primeiro piso, janelas de pequenas dimensões com molduras de cantaria simples, enquanto o segundo piso tem janelas de sacada, de lintel plano e gradeamentos em ferro. Neste, situam-se os aposentos destinados a habitação, cobertos por tectos de caixotões, em madeira polícroma ou estuque trabalhado, na sala de jantar. No piso inferior, situam-se os aposentos dos criados e arrumos. Construção incaracterística anexa-se ao lado direito. O edifício é rodeado de jardim, protegido por alto muro. Capela dedicada ao Senhor do Bonfim, com fachada marcada por pináculos sobre os cunhais. Portal com entablamento e cornija, ladeado por janelas rectangulares gradeadas, encimado por óculo quadrilobado, encimado por cruz, sobre frontão de lanços. Possui nave, com coro-alto e capela-mor, cobertos por tecto em caixotões, decorados com motivos hagiográficos. Púlpito quadrangular com bacia em forma de mísula e guarda de madeira dourada e policromada. Acesso por cinco escadas de pedra. Ao lado, altar dedicado ao Senhor do Bonfim. Arco triunfal a pleno centro, com pintura decorativa. Duas janelas iluminam a capela-mor, uma entaipada. O tecto deste espaço é de madeir apintada, tendo, no centro, a representação da Assunção da Virgem. Retábulo de talha dourada com tribuna central, de moldura contracurvada, onde se insere uma peanha com a figura da Virgem e do Menino. A moldura é sobrepujada por um querubim e acantos. Ladeada por pilastras e coluna de fuste liso, com capitéis coríntios. Entablamento interrompido no centro, encimado por arco de volta perfeita e ático com frontão interrompido, cornija, unidos por festões. Nesta zona, quatro anjos. Conjunto policromado, com marmoreados de várias tonalidades, com acantos e concheados dourados.
 Séc. 17 - construção do imóvel; 1741 - terminam as obras da capela; 1998, 30 março - despacho de abertura do processo de classificação; 2003, 15 maio - despacho de encerramento da classificação.

Fonte: monumentos.pt


Viscondes do Banho


  • Criado por D. Maria II, rainha de Portugal
  • Data do Decreto 21-07-1835
  • Primeiro titular Alexandre Tomás de Morais Sarmento, 1º visconde do Banho * 1786 (geneall.net)

segunda-feira, 2 de junho de 2014

CASA DE ALMENDRA / SOLAR DO VISCONDE DE ALMENDRA / SOLAR DOS VISCONDES DO BANHO - Almendra










CRONOLOGIA
Séc. 16 - Fixação em Portugal da família asturiana Castilhos, com solar em Castilho-Pedroso (Santander), durante o reinado de D. João III; 1674 / 1680 - compra de propriedades em Almendra por António Lopes Castilho (1656 - 1693), filho de António Lopes de Castilho, Capitão-mor da Vermiosa e casado com Teresa de Almeida Cabral Sampaio, da Casa de Celorico *3; 1687 - instituição de vínculo de morgado e Capela de Nossa Senhora do Socorro em Almendra, com as suas propriedades da Vermiosa, Almendra, Vale de Espinho, Gamelas e Algodres; 1743 - início das obras de construção do solar; séc. 18, meados - período mais activo da construção, por iniciativa de Manuel António de Castilho e Távora Falcão Mendonça (1720 - 1796?); este era Fidalgo da Casa Real, Capitão-mor de Almendra e Castelo Melhor e casado com Maria Madalena da Costa Falcão Mendonça *4; 1758 - a construção da casa foi interrompida por ordem do Marquês de Pombal; 1810 - as tropas de Napoleão transformam a casa em Quartel-General e, ao retirarem-se, incendeiam-na, tendo ficado parcialmente destruída; 1870 - criação do Viscondado de Almendra a favor de António de Castilho Falcão Mendonça; 1895 - reconstrução da casa por Júlio Faria de Morais Sarmento, 3º Visconde do Banho; 1897 / 1898, cerca - obras de restauro.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Caracteriza-se pela horizontalidade e profusão decorativa das molduras dos vãos da fachada principal e lateral esquerda que dinamiza a estrutura, acentuado na primeira pelo alteamento do eixo central e esquema dos vãos, com portal de planta côncava. Estas duas fachadas apresentam tratamento diferente, das restantes, com um tratamento mais cuidado e de maior expressão estilística. A fachada S. encontra-se inacabada, indiciando que a casa foi projectada com planta em L e para ter maior envergadura. A fachada principal apresenta pedra de armas com escudo de fantasia vazio. O solar apresenta afinidades com a Casa do Cabo, em São João da Pesqueira (v. PT011815080011), Casa de Nossa Senhora Conceição, em Cedovim (v. PT010914030013), Casa Grande em Freixo de Numão (v. PT010914060012). As janelas da fachada principal têm algumas semelhanças com as do Solar de Lemos, em Vila Flor (v. PT010410170031) e as do Solar dos Pimentéis, em Torre de Moncorvo (v.PT010409160020). A decoração em estuque do interior e respectiva gramática assemelha-se à da Casa da Quinta Judite, em Torre de Moncorvo (v. PT010409160159), e à Casa da Câmara do Comércio Italiana, no Porto.
Destaca-se a bomba das escadas, com janela e portal central do patamar do segundo piso com decoração das molduras igual às do exterior, e algumas salas forradas a tecido.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3001