sábado, 30 de abril de 2016

Capela de São João Velho de Vildemoinhos, Viseu. (Fotos de 2007)








" GASPAR VIÇOSO DA VEIGA AVINCULOU EM MORGADO OS BENS DESTA QUINTA COM OBRIGAÇÃO DE 12 MISSAS AS CHAGAS E 5 SESTAS FEIRAS E A NOSSA SENHORA EM 6 SÁBADOS E UMA A S. ANTÓNIO EM SEU DIA POR SI E POR SEUS PAIS PERO VIÇOSO MARIA HENRIQUES E AVÓS PATERNOS PERO VIÇOSO MARIA BOTELHA E MATERNOS HENRIQUE DA VEIGA BRIATIS ENRIQUES 1637 F



Armas de Esteves da Veiga?

 SEPUTURA DE GASPAR VIÇO
SO DA VEIGA
1637 F



Altar-mor transformado em lagar...

Informação em: http://www.ruadireita.pt/culturalmente-solido/lamentacao-sobre-as-ruinas-da-capela-de-s-joao-velho-vildemoinhos-9708.html

terça-feira, 26 de abril de 2016

Ferragem com as armas da 3ª duquesa de Palmela (?)

Escudo de fantasia sob coronel de duque(?)
Partido: I - Sousa de Arronches. II: Esquartelado: 1 - Teixeira (e diferença). 2 - Sampaio. 3 - Amaral. 4 - Guedes.

A este esquartelado (do IIº partido) corresponde a CBA passada a Francisco José Teixeira de Sampaio, em 02-09-1789 (AH803). Seus filhos Francisco e Henrique tiveram CBA com o mesmo ordenamento (AH875 e AH1000, respectivamente), tendo Henrique Teixeira de Sampaio sido agraciado com os títulos de conde da Póvoa e barão de Teixeira. A filha deste conde da Póvoa, Maria Luísa de Noronha e Sampaio, casou com o 2º duque de Palmela, e foram pais da 3ª duquesa de Palmela, D. Maria Luísa de Sousa Holstein.

Ferragem e ex libris com armas de O'Neill


Do visconde de Santa Mónica?

Ex libris de Jorge Torlades O'Neill

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Convento de Santo Agostinho, Leiria - Entrada para a sala do capítulo.


(Fotografia de Carla de Sousa)

Escudo sob elmo frontal e timbre de Góis.
Esquartelado: I e IV - Góis. II e III - Marinho? Távora?

Já vários autores se debruçaram sobre esta pedra de armas que se encontra na entrada da sala do capítulo, do convento de Santo Agostinho em Leiria. Embora tenha sido fundado por D. Frei Gaspar do Casal, 2º bispo de Leiria, em 1577, da responsabilidade deste bispo foi só a construção da igreja. Dois anos depois de se iniciarem as obras da parte conventual, e antes da igreja estar completamente terminada, as obras cessaram, e paradas ficaram durante todo o período filipino, tendo sido mandado  acabar de construir por D. Pedro Vieira da Silva (ver aqui). Em 1671 este mesmo bispo vai criar o seminário que, no ano seguinte, entregou à Ordem de Santo Agostinho. 
Frei António de Távora, ou do Sacramento, filho do referido bispo (que só o foi depois de viúvo) foi eleito prior deste convento a 24-01-1676, chegando mesmo a Provincial da mesma ordem, por eleição do Papa Clemente XII a 1 de Maio de 1700.
A fachada da Igreja do convento foi alvo de grandes alterações durante a campanha de obras da segunda metade do Séc. XVIII.
Assim, a hipótese desta pedra representar as armas de D. Frei Gaspar do Casal parece cronologicamente impossível, e o próprio trabalho de pedra não se enquadra na tipologia quinhentista das pedras de armas. Também não parece plausível que as armas deste prelado sejam as que se encontram na fachada da igreja do convento, como outros defendem, exactamente pelas mesmas razões, e por sabermos que a fachada da mesma igreja foi fortemente alterada na segunda metade do Séc. XVIII. Estas armas encontram-se inseridas num portal do mais clássico barroco setecentista.  Assunto também já tratado aqui anteriormente.
Quanto à Heráldica deste brasão que se publica, há algumas notas a salientar na sua composição. No primeiro e quarto quartéis, parecem ser as armas de Góis. São estas de azul, com seis cadernas de crescentes de prata postas 2,2 e2, e por timbre um dragão de azul, sainte, armado de prata, com uma caderna do escudo no peito, e este último pormenor parece ser o único detalhe que falta neste timbre. No segundo e terceiro quartéis, temos um campo do qual não sabemos o esmalte/metal do fundo, e sobre ele três faixas ondadas. Aparentemente tratam-se das armas de Marinhos, ditos da Galiza, de prata com três faixas ondadas de azul. Também poderão ser armas de Távoras mal representadas, de ouro com cinco faixas ondadas de azul. É de salientar também a invulgar posição do elmo, que se encontra virado de frente, sendo esta representação normalmente reservada para a heráldica Real.
Alda Machado, no seu "Heráldica Leiriense", levanta a hipótese de se tratarem das armas do acima referido Frei António de Távora, sendo os primeiro e quarto quartéis uma má representação de Vieiras, e os restantes, dos Távoras. Quanto a vieiras, o timbre não ajuda a esta conclusão.
 A serem as armas deste prior, e considerando tratar-se mesmo de uma má representação de Távoras, a sua ascendência de Góis estará mais de 10 gerações acima dele, através de Luís Álvares de Távora, 5º Senhor de Mogadouro.
Fica a hipótese mas também a dúvida. 
Pelos cargos que ocupou este prelado, existe a esperança de que tenha usado as suas armas em documentos oficiais, e que estas venham a ser descobertas e divulgadas.
Não é de descartar a hipótese desta pedra não ser originalmente dali, ou de que se trate da heráldica de outra pessoa.
Voltarei a este assunto assim que tenha novas informações.

Dedicatória a D. Pedro Vieira da Silva, enquanto secretário de estado de D. João IV.








Solar em Sandomil, Seia.







Escudo sob elmo e timbre de Castelo-Brancos, tudo em cartela rocaille.
Esquartelado: I e IV - Castelo-Branco. III - Melo. IV - Silveira.
Diferença: uma brica de ? Carregada de um "J"

*CBA de CBA 7.8.1788 em nome de José Pedro da Silveira Castelo-Branco e Melo, segundo informação cedida por Sérgio Avelar no grupo do Facebook - "A Arte da Heráldica de Família em Portugal" em 10/11/2015.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Ex-libris e outras peças de Diogo Vieira da Silva Tovar e Albuquerque

 Ex-libris

 Serviço de loiça.
Sobre manto de Par-do-Reino, escudo com o monograma pessoal.

Numa salva
Monograma pessoal, sob coronel de grandeza e timbre de Tovares.

Diogo Vieira de Tovar e Albuquerque, nasceu na freguesia de São Pedro de Molelos a 08-03-1775 e faleceu a 02-01-1846 na quinta da Boavista, Coimbra. Fidalgo da Casa Real. Do Conselho de Sua Majestade, comendador das ordens de Cristo e da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa a 9-01-1824, Conselheiro da Fazenda, Provedor das Capelas d'el-rei D. Afonso IV. Conselheiro da embaixada em Madrid. Formado em Direito pela universidade de Coimbra, onde se doutorou, pela Faculdade de Leis, a 15-09-1797, sendo nomeado "Oppositor" às cadeiras da mesma universidade em 1805, e depois Desembargador para a relação de Goa, lugar de que tomou posse a 18-10-1807. Serviu no estado da Índia até 1815, exercendo ali no intervalo decorrido os cargos de Procurador da Coroa e Fazenda, e Secretário Geral do Estado. 
Regressa a Portugal em 1815, e entra em serviço como Desembargador da Casa da Suplicação. Foi pouco depois enviado a Madrid em comissão, por carta regia e poderes especiais do rei D. João VI, de 08-04-1818, na qualidade de tutor do seu neto o infante D. Sebastião, para fazer valer em juízo contencioso os direitos deste à sucessão da Casa do Infantado no grão-priorado de Castela e Leão, contra o competidor o infante D. Carlos, que se achava de posse da mesma casa. Tendo vencido esta questão, ficou em Madrid, nomeado Conselheiro e adido à delegação portuguesa naquela corte, até voltar novamente a Portugal, onde foi nomeado Conselheiro da Fazenda em 11-11-1823. 
Foi depois membro do Supremo Conselho de Justiça Militar, Procurador Fiscal das Mercês, Vogal da Junta de Confirmações gerais e da revisão do Código Penal Militar, alem doutras comissões de que foi eventualmente encarregado. Retirado do serviço público, em consequência das alterações politicas de 1834, foi viver para a Quinta da Boa Vista, pertencente a seu sobrinho, e situada próximo de Coimbra, e ai residiu até falecer em 2-01-1846. 
Escreveu: "Memória sobre o plano da collecção dos tractados politicos de Portugal desde o principio da monarquia, dividida em três partes: 1ª Qual a materia que deve servir de assumpto á collecção dos tractados, e o methodo de a arranjar e addicionar: 2ª Utilidades que d'esta collecção se seguem. 3ª Quaes os trabalhos que se devem empregar para se obter o complemento da referida collecção". Para alem desta memória, consta que compusera, e ficaram inéditos, entre muitos outros escritos, um "Indice chronológico e alphabetico remissivo" de todas as disposições e providencias legislativas expedidas para a governação dos estados da Índia pela corte de Lisboa, e depois pela do Rio de Janeiro, desde o principio da conquista daqueles estados, até ao ano de 1815, em que ele regressou de Goa, faltando apenas o que dizia respeito aos primeiros 24 anos, por não existirem mais nos arquivos de Goa os respectivos livros e documentos, mandados recolher a Lisboa no reinado de D. José I, tendo sido posteriormente enviados oficialmente para Lisboa em cadernos manuscritos que foram depositados na Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar. Também uma memória escrita em Goa, e relativa ao comercio português na Índia, onde se tratava das possessões  e estabelecimentos portugueses na Ásia, considerados do ponto de vista politico, económico e comercial, indicando-se os meios de promover a sua utilidade e melhoramento. Foi enviada pelo autor, em 1812 ao Conde das Galveias, então ministro de estado no Rio de Janeiro. Consta também que teria publicado anonimamente algumas poesias avulsas. Morreu solteiro e sem descendência.


Ex-libris e Super-libros de José Maria Vieira da Silva Tovar e Albuquerque.

 ex-libris

Super-libros

Super-libros de José Maria Vieira da Silva de Tovar e Albuquerque (*Molelos - 06-08-1784  + 11-04-1869). Freire conventual em Palmela, Abade da Trapa (Santa Cruz) e mais tarde de Soalhães, comendador da Ordem de Cristo. Irmão do 1º Visconde de Molelos. Este Super-libros foi publicado pelo Dr. Francisco Assis Teixeira em 31-01-1928 no jornal "A Época" ou no "Correio da Manhã". Escudo oval, sobreposto à cruz da Ordem de Cristo, sob elmo, timbre de Tovares e galero de seis borlas. Esquartelado de I - Vieira. II - Silva. III - Albuquerque. IV - Veiga (de D. Lourenço Arcebispo). Sobre-o-todo: Tovar. Estas armas diferem do seu sinete e da sua sepultura (em baixo).


Esquartelado de Vieiras, Silvas, Veigas e Tovares.

 Na sua sepultura (Folhadosa, Seia)
Escudo oval esquartelado de Vieiras, Silvas, Veigas e Tovares. Tudo sob elmo, timbre de Tovares e galero com cordão de seis borlas.

sábado, 9 de abril de 2016

Sepultura do príncipe Ernst de Ratibor e Corvey no cemitério do Alto dos Gaios - Estoril




Jazigo da Família Souza Girão Valle, no cemitério do Alto dos Gaios, Estoril. (Post de 27-12-2014 editado a 09-04-2016, e novamente a 21-04-2020)


Escudo sob coronel de visconde e timbre de Oliveiras.
Partido: I - Oliveira. II -Pinto.

Em 08-04-2016:


 Escudo sob coronel de nobreza e timbre de Girões.
Partido: I - Girão. II - Cortado de: 1- Teixeira. 2 - Castro.
Sobre-o-todo: Vale.
Divisa: Et cum gladiu meo.

 Escudo sob elmo e timbre de Fernandes.
Escudo partido: I - Fernandes ( de Diogo Fernandes Correia). II - Vale.
Diferença no 1º quartel. Uma brica de... carregada de um farpão de...

Carta de Brasão de Armas de 07-06-1774 em nome do Dr. António Fernandes do Vale (nº 4.1 na genealogia em baixo).



1 - Sebastião Fernandes, vereador do concelho, proprietário abastado rendeiro da comenda de Santa Maria de Tondela da Ordem de Cristo. Casou duas vezes. A 1ª com  Ana Rodrigues do Vale, e a segunda com Olaia Barreto, irmã de Gaspar Barreto de Sabugosa. Segundo Ferraz de Carvalho, Sebastião não teve herdeiros, mas perfilhou António Fernandes, nomeando-o seu herdeiro[1]. No entanto, no assento de casamento deste António Fernandes com Maria Simões, refere-se que o mesmo era filho de Sebastião Fernandes, desta vila de Tondela, e de Catarina João, solteira, moradora que foi no lugar do Vinhal, freguesia de São Miguel da Lageosa, já defunta.
Também no Tombo da Comenda de Santa Maria de Tondela, de 1622, onde Sebastião Fernandes é mencionado várias vezes por ser, juntamente com seu cunhado Gaspar Barreto, rendeiro da mesma comenda, surge a informação de que teria dois genros, Domingos João e Lucas Rodrigues, o que demonstra ter tido pelo menos duas filhas.
2 - António Fernandes do Vale. C. em Tondela, em 11-05-1648 com Maria Simões, filha de André João, e de sua mulher, Domingas Rodrigues, que era irmã de Ana Rodrigues do Vale[2], 1ª mulher de Sebastião Fernandes
3.1 - Pe Sebastião Fernandes do Vale, matriculou-se na faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra a 22.02.1677.
3.2 - Lourença Rodrigues do Vale, b 21-08-1651. CC António Horta
3.3 - Maria Rodrigues do Vale CC Manuel Ferreira -
3.4 - António Rodrigues do Vale, b 16.02.1656, CC Maria da Fonseca.
3.5. - Ana Rodrigues do Vale CC Leonardo Rodrigues da Fonseca
3.6 - Matias Rodrigues do Vale. Que segue
3.7 - Manuel Rodrigues do Vale.
3.8 - Ventura Rodrigues do Vale CC Cristóvão Alvares
3.9 - Vicente Rodrigues do Vale, b. 23-09-1671, herdeiro de seus pais. CC Mariana Marques Diniz. Segue no ramo II (Solar de Santana em Tondela).
3. - Matias Rodrigues do Vale. B. Tondela, 04-03-1660, e f. Nandufe, 01-08-1688. Teve um filho natural de Joana Antunes, solteira, moradora em Valverde.
4.1a - Manuel Rodrigues do Vale, por alcunha “o Valverde”. Casou em Tondela a 10-02-1721 com Feliciana Alves, padeira, filha de António Alves, carpinteiro, e de sua mulher, Isabel Francisca. Neta paterna de Manuel Alvares e Maria Simões, e materna de Manuel Domingues e Isabel Francisca (que tinha sido casada em primeiras núpcias com Simão Ribeiro, filho de António Vaz e de Maria Francisca.
Tiveram:
4.1a.1 – Maurício Rodrigues do Vale. B. em Tondela a 04-03-1794. Na sua habilitação para Familiar do Santo Ofício, de 1759, consta que sendo rapaz de poucos anos, foi para Lisboa, para casa de um seu parente, aonde se diz foi caixeiro no seu princípio. Dizem que o negócio de que usa com um seu tio que está no Rio de Janeiro, com quem é sócio, é muito grande e dele pode ter avultados ganhos em cada um ano.
Casou a 10 de Maio de 1685 na igreja de São João Batista de Nandufe com Mariana Henriques Ribeiro, f 27-12-1738 em Nandufe, onde foi sepultada na Igreja de São João Baptista, e por bem fazer a sua alma, seu filho António Fernandes do Vale, morador no lugar de Valverde. Tiveram:
4.1b – Capitão António Fernandes do Vale, que segue.
4 - Capitão António Fernandes do Vale, b. Nandufe 13.01.1689, onde f. a 08.01.1761, e foi sepultado na igreja de São João Baptista de Nandufe. CC Esperança Antónia Maria de São José Gonçalves, natural de Silgueiros, filha de António Rodrigues, de Vila Chã de Sá, e de sua mulher Domingas Lopes, natural de Torredeita.
5.1 - Dr António Fernandes do Vale. f 1784 em Luanda, Angola. Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, Cavaleiro do habito de Cristo. Morou na vila de Santos, bispado de São Paulo (Brasil), onde advogou. Foi o primeiro Tesoureiro-geral da Capitania de São Paulo, no Brasil, cargo que exerceu de 1775 a 1784. Foi o 2º marido, em 1763, de Francisca Xavier Maria de Matos, viúva do Sargento-mor Matias Alvares Vieira de Castro, filha de Gaspar de Matos e Maria da Silva Leite. Aparece como homem de negócios em 1765, com o capital de 5:600$000rs. Em 1768, como procurador em São Paulo, dos contratadores da pesca da baleia Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia (de São Paulo) de 1781-82. Administrador das entradas do Rio Pardo.[3] Na sua habilitação para a Ordem de Cristo, de 22-02-1768, declara ser natural do lugar de Nandufe, termo da vila de Tondela, baptizado na Igreja Matris e Paroquial de Santa Maria de Silgueiros, Bispado de Viseu, e morador na vila de Santos, Bispado de São Paulo, donde reside há bastantes annos. Filho legitimo do Cappitam António Rodrigues do Vale, natural da vila de Tondela, Bispado e comarca de Vizeu, e de sua Molher D. Esperança Antónia do lugar de Passos, freguesia de Santa Maria de Silgueiros, como afirma. Neto paterno de Matias Rodrigues do Vale e de Maria Henriques nacturais do lugar de Nandufe. Neto pela Materna de António Ribeiro (Rodrigues?), natural de Vila Cham de Sá, e Baptizado na mesma freguesia, e de Domingas Lopes naturaes da Torre Direyta. Baptizada na mesma freguesia. Declara serem todos do termo de Tondela, Comarca e bispado de Vizeu.
Teve Carta de Brasão de Armas para Fernandes e Vales, passado a 7/06/1774, reg, no Cartório de Nobreza, liv ii, fl 12v (AH169).  (Nesta diz ser natural do lugar de Nandufe, filho do capitão António Fernandes do Vale, e de sua mulher, Esperança Antónia Maria de São José, neto pela parte paterna de Mathias Rodrigues do Vale, e de sua mulher, Mariana Ribeiro, e pela materna de António Gonçalves, e de sua mulher, Domingas Lopes). S.g.
5.2b - Manuel Fernandes do Vale.
5.3b - Francisco Lucas do Vale, que segue.
5.4b - Esperança.
5.5b - Maria.
5.6b - José Ricardo . n c. de 1795 e f. 07-06-1811
5 - Francisco Lucas do Vale, b. Nandufe 05.10.1716[4], f. no mesmo local a 27.02.1782, onde foi sepultado na igreja de São João Baptista. Capitão de Milícias. Cc. D. Catarina Maria Engrácia Girão de Melo, b. Nandufe, 02.02.1724, onde faleceu a 07-05-1793. Foi sepultada na sua capela da Senhora do Rosário, por licença do Revdo. Doutor revisor que me foi apresentada. Deixou testamento em que deixa o terço de todos os seus bens a seus filhos, Francisco Lucas, D. Clara e José de Sousa. Era filha de Diogo Girão Ribeiro de Melo, b 20.01.1686, em Vouzela, Ventosa, e de sua mulher, Antónia Micaela Luísa da Fonseca f. 23.04.1760.
6.1 - António Fernandes do Vale Girão. Que segue.
6.2 - Francisco Lucas Girão do Vale. f. em Nandufe a 16-11-1844. Em 1802 pediu um auto de justificação onde pretendia receber, como único herdeiro, a herança deixada por seu tio paterno o Dr. António Fernandes do Vale (5.1 em cima). Casou com Angélica Margarida de Gusmão Sousa e Melo.
6.3 - Clara Joaquina do Monte Carmelo. n 1795 e f. em Nandufe a 28-12-1809.
6.4 - José de Sousa.
6 - Capitão António Fernandes do Vale Girão. b. Nandufe, 27-05-1743, f. Nandufe 04-05-1825. Capitão de Milícias. CC Ana Tomásia Rita do Loureiro b. 30.05.1764, Alcouce, Lobão da Beira, e f. em Nandufe a 04-01-1841. Era filha de João Henriques Cardoso da Veiga, b. Silgueiros a 27.04.1727, e de sua mulher, Esperança Maria do Loureiro.
7.1 - António de Sousa Girão do Vale, n. 10.04.1791, que segue.
7.2 - Clara Cândida Fernandes do Vale. b. 20-09-1793. F. em Nandufe a 04-07-1834.
7.3 - Mariana Maximina das Dores. n 20-10-1796 e f. em Nandufe a 26-05-1881. Foi sepultada no cemitério de Nandufe. Proprietária.
7.4 - José Ricardo Fernandes do Valle. n. 28-01-1799, b. 04.02.1799, Nandufe, onde f. a 07-06-1811.
7.5 - Maria, n 20-11-1803, Nandufe
7.6 - Rosa, f. Nandufe a 13/02/1833
7 - António de Sousa Girão do Vale, b. 10.04.1791 e f. em Nandufe a 29-09-1858, na vila de Santa Comba Dão andando no serviço da estrada. Foi sepultado no cemitério de Santa Comba Dão. Casou na Capela de São Simão, Várzea de Cavalos, a 16-01-1818, com D. Josefa Libânia de Abreu Pereira, b. Lobão da Beira a 19.11.1791, e f. em Nandufe a 06-04-1878. Era filha do Doutor José Pereira de Figueiredo, de Vila Jusã, e de sua mulher D. Maria Bernarda Ribeiro de Abreu, n de Nagosela.
8.1 - Bibiana Cândida do Vale. n 02.12.1820
8.2 - Modesta do Vale Sousa Girão. n 27.11.1822, Nandufe, Tondela, onde f. a 08-02-1823.
8.3 - Maria Amália de Sousa Girão Vale. n 22-11-1823. Casou a 06-10-1852 com José Maria Monteiro do Vale, de Vilar de Besteiros. F. em Nandufe a 18-08-1876 e foi sepultado no cemitério. Era filho de João Francisco, proprietário, e de sua mulher, Rita Maria Bernardes de Seixas, governadeira de casa. Ambos de Vilar de Besteiros.
7.2.1 - José Monteiro do Vale, b. 05-08-1853 em Nandufe, onde f. a 24-10-1858.
7.2.2 - Mariana Monteiro do Vale, 25-05-1856 em Nandufe.
8.4 - Francisco Sousa Pereira Girão. n. 05.01.1827. CC Maria Adelaide de Melo
8.5 - Eustáquio de Sousa Girão n. 05.01.1827. que segue.
8.6 - Ana de Sousa Girão. n. 08-01-1829, Nandufe, Tondela.
8.7 - Maria de Sousa Girão do Vale, n 20-02-1832. Nandufe, Tondela. Padrinho Francisco Lucas do Vale.
8 - Eustáquio de Sousa Girão e Valle n. 05.01.1827. CC(02.05.1829) D. Leopoldina Amélia Teixeira de Castro, n. Nandufe 02.05.1839. Filha de António Joaquim Lúcio Teixeira Castro, que f. em Nandufe a 04-05-1884, e de sua mulher, Clara Emília Teixeira Castro, naturais, aquele de Lamego, e esta de Pernambuco, onde foram recebidos. Neta paterna de José Teixeira Castro e de Joana Felisberta do Carmo, naturais de Lamego, e materna de Manuel Cardoso Pereira e de Bernarda Maria da Conceição, naturais, aquele de Eiris (Parada de Paiva), e esta de Sabugosa.
9.1 -  Ermelinda Amélia de Sousa Girão Castro e Almeida . b 29.03.1865
9.2 -  António de Sousa Girão. n. 15.04.1867. Foram seus padrinhos, António Calheiros de Pita Noronha, e Maria Carolina Bandeira. Requereu passaporte com destino ao Rio de Janeiro, Brasil, a 20-11-1884, tinha 17 anos, solteiro, profissão de caixeiro, com a filiação: Eustáquio de Sousa Girão[5].
9.3 -  Frederico de Sousa Girão Fernandes do Vale . b 20.10.1872
9.4 - Maria da Conceição Girão Pereira de Figueiredo e Abreu


[1] CARVALHO, Amadeu Ferraz - "Tondela nos Sécs. XVII e XVIII", in Notícias de Viseu, Dez. 1922
[2] A 18 de Janeiro de 1619, Ana Rodrigues, mulher de Sebastião Fernandes surge como madrinha num assento de baptismo.
[3] - AIDAR, Bruno - "Governar a Real Fazenda: composição e dinâmica da Junta da Fazenda de São Paulo, 1765-1808" -  VI Conferência Internacional de História Económica…"
[4] ADV - Registos Paroquiais - Tondela, Nandufe - Baptismos - 
[5] PT/ADVIS/AC/GCVIS/H-D/016/0017/01106





 NOTA: 21-04-2020

Quanto a aldrabões e pseudo genealogistas 


Anda por aí um tal de Guilherme Girão que insiste em praticar cyberbullying sobre este blogue e o seu autor, não sei bem a que título ou com que motivação.



Já não bastando a total falta de respeito pelos direitos autorais das fotografias que aqui furta e usa a seu belo prazer e para as suas fábulas genealógicas, retirando-lhes a marca-de-água e afirmando que são dele (ver aqui), o bully vem usando o seu perfil do Facebook para me caluniar.



Diz este fulano que eu, exactamente neste post, inventei, e, passo a citar: "uma história perfeitamente incrédula sobre a vida de meu avô. Nunca foi para o Brasil, como aquele escreve, e ignora toda a carreira desse oficial do exército português". 

Depois, acusa-me de eu ter pretendido que algo que ele terá escrito algures sobre o avô António de Sousa Girão, (não faço ideia o quê, nem onde, nem quando) tenha sido inventado, acusando-me de ser: "um pseudo genealogista que nem as fontes cita".






Só pode ser a senilidade, ou a falta de lentes, ou a simples estupidez e maldade, alguém ler a frase que consta nesta genealogia, "Requereu passaporte com destino ao Rio de Janeiro, Brasil, a 20-11-1884, tinha 17 anos, solteiro, profissão de caixeiro, com a filiação: Eustáquio de Sousa Girão", e interpretá-la como uma história perfeitamente incrédula.

Curioso o comportamento bipolar deste personagem que a 8 de Outubro de 2017, comentou este mesmo post, dizendo.

"está certa a data de nascimento e seus padrinhos, Irrelevante, porém , se correcto, que tenha requerido qualquer passaporte, e de "profissão caixeiro"....

"Se correcto"? Então não é uma "História perfeitamente incrédula"? Em que é que ficamos?


Parece que o Sr. Girão não consegue descortinar o sentido de uma frase tão simples como: "Requereu passaporte", nem tão pouco reparar nas fontes em nota de rodapé... Chama-se falta de instrução, e, se ele não a tem, também não sou eu que lha vou dar. Usar postais e fotografias como fontes de factos é que é de puro genealogista! 
Já as investigações do Sr. Girão são bem conhecidas e falam por si, sendo desnecessário perder tempo a tecer comentários acerca delas... Estão publicadas em livro, à vista de todos. Quem quiser, arrisque a leitura e depois lembre-se que foi este autor que me acusou de ser um pseudo genealogista e de inventar factos que não existiram...

Esta genealogia foi feita para um artigo sobre uma capela em Nandufe (Nª Srª do Rosário), da qual o dito António Sousa Girão não chegou a ser administrador. A barreira cronológica é exactamente a extinção dos vínculos no Séc. XIX.

Desconheço se o avô deste individuo foi ou não para o Brasil, mas também não me interessa especialmente. Nem tão pouco se teve uma carreira militar, ou deixou de ter... É uma pessoa que não me é genealogicamente relacionada e sobre a qual não tenho qualquer obrigação ou vontade de fazer grandes investigações.

O que eu sei, porque está acessível a todos os que primam em usar a internet para coisas úteis, é que no Arquivo Distrital de Viseu, com a cota cx.3403 n.º 613/18 f.189v-190 e o Código de Referência: PT/ADVIS/AC/GCVIS/H-D/016/0017/01106 (Conforme a nota 5 da genealogia acima) se encontra o registo da concessão do referido passaporte. Fls 189v e 190

Um Minuto no Google.


Ei-lo:




Data da concessão do passaporte: 20 de Novembro de 1884. Número de ordem anual nº 1600. Número de ordem mensal nº 78.
Nome, estado e profissão dos impetrantes: António de Souza Girão, solteiro, caixeiro, filho de Eustachio de Souza Girão.
Naturalidade: Nandufe, concelho de Tondella e domiciliado em Vizeu.



 Idade: 17. Altura: 1,68. Rosto: Comprido. Cabellos: Cast. escuro. Sobr'olhos: Idem. Olhos: Castanhos. Nariz: Regular. Boca: Idem. Côr: Natural. Se sabe ler e escrever: Escreve.

 Signaes particulares: Um signal escuro póximo do nariz, do lado esquerdo.

  Observações: Rio de Janeiro. Recomendado a José Marques de Figueiredo; rua do Desembargador nº7.

O troll teria acesso a estes dois ficheiros, se os pesquisasse, e por apenas 1,50 € teria as mesmas cópias digitais. Escusava de vir para aqui com os seus paternalismos arrogantes, como se fosse uma autoridade no que quer que seja! Agora já as pode furtar daqui a troco de nada, como está habituado. Que faça bom proveito e desampare-me a loja!

O que este senhor fez chama-se Crime.

Código Penal:
ARTIGO 180.º
(Difamação)
1- Quem, dirigindo-se a terceiro, imputar a outra pessoa, mesmo sob a forma de suspeita, um facto, ou formular sobre ela um juízo, ofensivos da sua honra ou consideração, ou reproduzir uma tal imputação ou juízo, é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 240 dias.
ARTIGO 183.º
(Publicidade e calúnia)
1- Se no caso dos crimes previstos nos artigos 180.º, 181.º e 182.º:
a) A ofensa for praticada através de meios ou em circunstâncias que facilitem a sua divulgação; ou,
b) Tratando-se da imputação de factos, se averiguar que o agente conhecia a falsidade da imputação; as penas da difamação ou da injúria são elevadas de um terço nos seus limites mínimo e máximo.