terça-feira, 25 de junho de 2013

Casa do Assento - Lamego






Escudo sob coronel de nobreza e timbre de ?, suportado por quatro tenentes.
Esquartelado: I - Pinto. II - Coutinho. III - Tavares?. IV - Vilhena.

 O Palacete foi habitado, pelo menos por algum tempo, pela nobre família dos Padilhas, mas a sua construção deve-se a outras famílias, conforme demonstram as insígnias armoriais lavradas no brasão.
    À semelhança do que aconteceu com quase todos os palacetes de Lamego, também este edifício foi alvo de algumas modificações, embora a sua arquitectura tenha ainda algumas marcas renascentistas.     
     A construção foi inspirada na traça existente na casa cabidoal da Sé de Lamego.
Possui este belo Palacete um dos mais apreciáveis tectos que se podem ver em casas solarengas.
O seu brasão é esquartelado e exibe os emblemas heráldicos dos Pintos, dos Coutinhos, dos Tavares (?) e Vilhenas.
      O Banco Nacional Ultramarino esteve aqui instalado durante várias décadas mas a partir dos anos oitenta a Região de Turismo Douro Sul ocupou o imóvel para instalação dos seus serviços. 

Localização: Largo da Regueira, nas traseiras da Rua da Olaria - (actual sede da Região de Turismo)

Casa das Brolhas - Lamego













Escudo de fantasia sob coronel de nobreza.
Cortado: I - Partido de: 1 - Osório. 2 - Menezes (de Marialva).
II - Mantelado de: 1 - Castro (de treze arruelas). 2 - Fonseca. 3 - Manoel de Vilhena.

    Erigido em 1771 é um dos mais grandiosos edifícios solarengos de Lamego.
    A sua frontaria chama atenção pelos ornamentos decorativos invulgares, lavrados no granito, onde sobressai o imponente portão e o magnífico brasão da família. O escudo está dividido em cinco partições, realçando-se os sinais heráldicos dos Osórios, Menezes (marqueses de Marialva) esquartelado, Castros à sinistra com treze arruelas.
    É este edifício considerado imóvel de interesse público por despacho de 1975, sendo, a sua imponência, uma demonstração da prosperidade que a aristocracia detinha na região de Lamego no século XVIII.

    À Casa das Brolhas pertenciam vários notáveis que estavam ligados à mais antiga nobreza de Portugal, como Macário de Castro da Fonseca e Sousa, par do reino, brilhante parlamentar nos primeiros tempos do regime constitucional, grande benemérito de Lamego, como o foi seu neto, Macário de Castro da Fonseca e Sousa Pereira Coutinho, também par do reino. Outros antepassados seus se assinalaram, como Manuel Pinto da Fonseca que veio a ser Grão-mestre da Ordem de Malta.

Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público
Localização: Rua Macário de Castro

Capela do Espírito Santo - Lamego




Reedificada pelo bispo D. Manuel de Noronha no séc. XVI.
O brasão deste bispo encontra-se no cunhal exterior da capela, do lado nascente.
Armas de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras

De pequenas dimensões, possui no seu interior uma notável escultura do Espírito Santo do séc. XVIII de autor desconhecido, a qual desperta interesse pela sua singularidade.

Para além do altar-mor, onde se encontra a escultura do Espírito Santo, existem mais dois altares, merecendo especial destaque o belo altar barroco no lado do evangelho.

De realçar, igualmente, o púlpito em talha dourada e a azulejaria do séc. XVII que reveste as paredes.

Localização: Na baixa da cidade, ao lado da fonte com o mesmo nome.




Casa em Lamego



Escudo sob elmo e timbre de Guedes mutilado.
Esquartelado: I - Guedes. II - Magalhães? Vasconcelos? III - Botelho. IV - Coutinho? Fonseca?

De pertença também da família da Casa do Espírito Santo, a que mais tarde se juntou a família Vasconcelos, pertenceu o outro edifício que confronta com a rua dos Loureiros e com a rua das Canastras, cuja pedra de armas constitui um belo trabalho e que tem os sinais heráldicos dos Guedes, Vasconcelos, Botelhos e Fonsecas. Este último edifício brasonado foi legado a uma instituição de beneficência pelo último herdeiro dos Vasconcelos, Dr. Vasco de Vasconcelos.

Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar Lamecense. Rua da Olaria - Lamego.




Escudo francês sob elmo e timbre de Pintos invertido.
I - Pinto. II - Teixeira. III - Coutinho ?. IV - Vilhena?

Antigo Seminário de Lamego

 




 Heráldica de dignidade eclesiástica.
Escudo oval esquartelado sob coronel de conde e chapéu eclesiástico de onde pendem dois cordões com três ordens de borlas 1+2+3 (6 - Bispo)
I - Trindade (não existe). II - Vasconcelos. III - Pereira. IV - Melo.
Pendente a insígnia da Ordem de Cristo


   Teve a sua origem no Colégio de S. Nicolau, fundado pelo bispo de Lamego, D. Manuel de Noronha, cujo desejo seria ali fazer um futuro seminário. O colégio, porém, deixou de atender às necessidades da diocese e entrou em decadência.
   Naquele mesmo local, o bispo D. João Binet Píncio fundou o seminário que ficou concluído em 1800 e ali funcionou até ao advento da República, altura em que foi ocupado pelo ”Distrito de Recrutamento e Reserva de Infantaria nº 9”.
   O edifício sofreu obras de vulto já no século XX, ficando beneficiado pela subtracção de um terceiro piso, inestético e arruinado. Sob administração do exército, tem funcionado como messe de oficiais.
    No portão de ferro está o brasão que pertenceu ao bispo D. António da Trindade de Vasconcelos Pereira de Melo. Este brasão é um belo trabalho de fundição em chumbo executado pelo serralheiro lamecense, Manuel de Almeida, e possui o chapéu representativo da dignidade de bispo, como tantos outros existentes em Lamego.
    Segundo Correia de Azevedo (1974), este brasão apresenta um único senão: no quartel representado pela cruz de Cristo, devia existir a cruz florenciada dos Pereira, de acordo com o seu próprio apelido, e no primeiro, as três estrelas que designam o apelido Trindade, são uma ingénua fantasia de quem cuidou de mandar elaborar as peças do brasão, pois o apelido Trindade não figura nos armoriais portugueses. No segundo quartel estão representadas as armas dos Vasconcelos e no quarto as dos Melos.

Localização: Baixa de Lamego, em frente ao Palácio da Justiça.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Quinta de Ferronhe, Vil de Soito, Viseu

 Escudo em cartela com paquife, elmo e timbre.
Esquartelado: I - Loureiro. II - Cardoso. III - Castelo-Branco IV - Almeida.


 

Breve História (in:http://poives.home.sapo.pt/freguesia.html)


        "A Quinta de Ferronhe situa-se na freguesia de Vil de 
Souto, distrito e concelho de Viseu, a cerca de 8 Km desta cidade.
        São seus actuais proprietários os herdeiros do Sr. José 
Caldeira Soares de Albergaria da Bandeira Pessanha, falecido em 
1992.
        A designação de Ferronhe, antigamente Ferrónio segundo 
documentos existentes nos arquivos da biblioteca da Universidade 
de Coimbra, somente ao ano 900 séc. ( antes da nossa 
nacionalidade ) era proprietário desta quinta uma Sr.ª. Visigoda 
de nome INDÉRQUINA PALA.
        A mesma quinta estava ligada também ao convento de Lorvão 
nas proximidades de Coimbra.
        Nos limites desta Quinta de Ferronhe existe no alto de um 
monte ( Monte do Crasto ) uma capela muito antiga dedicada a 
Nª Sr.ª. do Crasto.
        No sopé do referido monte a quinta é atravessada por uma 
estrada romana, que fazia a ligação de Viseu ao Porto, tendo 
sido Viseu importante centro e encruzilhada de vias romanas.
        Mais tarde esta quinta veio a pertencer a D. Maria do 
Couseiro Castelo Branco, senhora e herdeira da casa de Ferronhe, 
a qual fora instituída por seu 10º avô Luís do Couseiro, Morgado 
do Couseiro em Silgueiros - Viseu - ( do livro de D. Diogo Ortiz 
de Vilhegas do autorio de D. Alexandre de Lucena e Valle 1934 ).
        A capela da casa de Ferronhe data do ano de 1638 mandada 
construir por João Almeida de Couseiro e Vasconcelos, dedicada a 
Nª Sr.ª da Esperança.
        Na ala poente da mesma casa, existe uma janela no 1ºandar
de estilo Manuelino, portanto anterior à construção da capela.
        Por casamento esta quinta passa para a família Bandeira 
Pessanha. 
        Tomás António era pai de D. Mª Augusta da Bandeira da 
Gama e Melo que casou com Baltazar Pessanha Faria Coutinho , avós
do casal de José Caldeira Pessanha pai dos actuais herdeiros.
        A casa de Ferronhe foi restaurada recentemente, tendo-se 
iniciado as obras em 1977 e concluído em 1985, mantém-se o seu 
traço original, constituída por dois corpos ligados por um 
passadiço e uma varanda à qual se anexa a capela.
        Encostada à capela estava uma pedra enorme, a qual contém 
gravações escrita em latim referentes às famílias, Couseiro, 
Almeida e Vasconcelos.
        Na primeira metade deste séc. até cerca de 1945 
explorou-se minério nas matas e terrenos desta quinta, que eram 
ricos em volfrâmio e estanho".
 
* O Autor do texto confundiu Couseiro com Loureiro, que é o correcto.

Quinta dos Buxeiros, Figueiró, Viseu



Escudo de fantasia sob elmo e timbre.
Esquartelado: I - Carvalho. II - Vilhegas. III - Pessanha. IV - Casal.
 Timbre de Carvalho.

Escudo de fantasia sob elmo e timbre.
Esquartelado: I - Carvalho. II - Vilhegas. III - Pessanha. IV - Casal.
Timbre: Carvalho
Diferença no 1º Quartel

Escudo de fantasia sob coronel de nobreza.
Esquartelado: I - Carvalho. II - Pessanha. III - Vilhegas. IV - Casal.

Info: http://asscrdf.no.sapo.pt/historia.htm#BUXEIROS

Jazigo da família Pessanha Saldanha no cemitério de São Cipriano, Viseu

Escudo de ibérico sob coronel de nobreza.
Esquartelado: I - Carvalho. II - Vilhegas. III - Pessanha. IV - Casal.