segunda-feira, 10 de junho de 2019
Paço Episcopal da Guarda
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Casa nobre em Várzea de Trevões.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Não é bem assim...
Pois eis a postagem:
A postagem original de onde esta foto foi retirada é este: http://solaresebrasoes.blogspot.pt/2013/10/sinete-com-armas-de-esteves-da-veiga-de.html
Outra questão relevante, é que estas armas nunca foram dos Nápoles de Portugal. São as armas de Henrique da Veiga, filho segundo de Henrique Esteves,
f. a 2 ou 3-09-1523, senhor das honras de Molelos, Nandufe, Botulho, Mata, Real e Castanheira por casamento[1]. Administrador da Capela de Santa Justa, em Coimbra, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, Fidalgo de Carta de Armas[2], e do Conselho de D. Afonso V, e de sua mulher Filipa Nunes. Este casal teve como filho primogénito, Fernão Nunes Esteves da Veiga, a quem deixaram o senhorio de Nandufe e a capela de Santa Justa em Coimbra. Foi o neto deste Fernão Nunes, Diogo Esteves da Veiga e Nápoles, o primeiro que, em Portugal, usou esse apelido.
Sendo Fernão Nunes o filho mais velho, este utilizaria as armas de Esteves da Veiga plenas e sem a diferença, neste caso a merleta. Este sinete tem as armas do seu irmão Henrique da Veiga e corresponde à Carta de Brasão de Armas, passada ao mesmo Henrique da Veiga, a 31 de Agosto de 1542.
"Este selo que tenho não é único. Por vezes faziam-se mais que um exemplar e ai que há um igual com uma (sic) tal Manuel Ferros".
Não só faziam mais do que um sinete, como colocavam nas armas a diferença do irmão, do qual não descendiam, provocavam desgaste exactamente nos mesmos sítios em todos eles (ver dois defeitos na bordadura à direita, e mancha que ocupa o topo do paquife no lado esquerdo), e, mais incrível, 400 anos depois, os seus descendentes conseguiram fazer uma fotografia exactamente igual à minha... Enfim, sem comentários... Mais do mesmo! Fica em baixo a transcrição da referida Carta de Brasão de armas onde, tal como na de seu pai, não existe qualquer referência ao apelido Nápoles...
A postagem do referido autor no Facebook https://www.facebook.com/photo.php?fbid=715102935199287&set=pb.100000987616215.-2207520000.1405606783.&type=3&theater (verificado em 06-02-2018)
terça-feira, 14 de maio de 2013
Igreja de Santo Estevão, Pereira do Campo, Montemor-o-Velho
Escudo sob elmo e timbre, ornado de pequeno paquife.
Timbre de Amados
CBA de 04-05-1748, passada a Pedro Amado da Cunha e Vasconcelos.
Diferença - Brica azul com farpão de prata.
"Edifício típico provinciano da transição de quinhentos para
seiscentos, apesar de ter três naves (elemento raro em edifícios deste género).
Apresenta planta simples longitudinal e cobertura de madeira nas naves, paredes
planificadas e simples aberturas, notando-se no portal S. e na janela do coro a
presença da decoração barroca de setecentos.
A sua construção data de 1595, tendo sofrido uma importante reforma no século
XVII. Tem por orago Santo Estevão. Sofreu obras de restauro ao longo dos
tempos, encontrando-se actualmente fechada ao culto pelos mesmos motivos, obra
levada a cabo pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Planta longitudinal de três naves e capela-mor. Cobertura em telhado. Frontaria
com porta principal em arco semi-circular com cimalha direita e por cima a
janela do coro, dois óculos quadrangulares e escudo nacional. À direita
encosta-se uma torre sineira, obrada em três lanços e composta por quatro
ventanas. Apenas possui sinos nas ventanas S. e P., sendo um deles datado de
1777. Ocupa o sítio da primitiva, cujo acesso era pelo coro (actualmente faz-se
pelo exterior). Na fachada S. a porta está enquadrada por duas colunas com
frontão interrompido pela escultura do padroeiro, Santo Estevão. No interior,
as naves são divididas por cinco arcadas semicirculares assentes em colunas
dóricas, tecto de madeira na nave e abóbada de pedra em caixotões na
capela-mor, onde existe também uma inscrição parietal, sob o escudo dos Frois:
"O DOVTOR. FR(ANCIS)CO. ROIZ. FROES / CAPELÃO DEL REI PADROEIRO / DESTA
IGREIA MANDOV FAZER / ESTA CAPELA. S. SVA. CVSTA / NO ANNO DO SENHOR /
15(95)". Um púlpito encosta-se à segunda coluna do Evangelho, é
cilíndrico, sobre balaústre, confirma a data: "ERA 1595". Uma capela
em cada colateral, na esquerda a do Sacramento com portal avançado obliquamente
sobre a nave, de planta quadrada com porta de ligação à sacristia; a da
direita, dos Couceiros, com arco enquadrado por dois pares de colunas com
cobertura de abóbada de pedra de caixotões, às quais se junta um arco na parede
S., junto à entrada lateral.
Nada se sabe sobre a sua fundação, no entanto, quando foi demolido o cunhal do
primeiro arco da nave do N., junto à capela-mor, dizem que apareceu uma pedra
redonda, como as dos moinhos. Nela gravava-se, em relevo, dum lado um lavrador
curvado sobre o arado que era puxado por uma junta de bois e tinha, perto, um
saco cheio atado pela boca que um rapaz tentava desatar. No reverso, estavam um
carro, umas grades, um rodeiro, uma carga, solas, etc, tendo em volta a
seguinte legenda: "Os lavradores, os caseiros e mais povo, as nossas
custas". Esta pedra desapareceu em data incerta. A Igreja assenta sobre
uma mais antiga, estando agora a um nível superior, devido a alteamentos sucessivos
do pavimento (uma vez que era constantemente inundado pelas enchentes do
Mondego). Desde o século XVI (1595) tem sido alvo de obras e restauros
custeados pelo Erário Régio, Confrarias do Santíssimo e Almas, Bulas de
Cruzada, legados de Santa Maria e esmolas do povo. O pároco era de apresentação
do padroado real, tendo o rendimento de 300$000 reis. Porém, mais tarde e até
1755, a apresentação do pároco pertenceu aos Duques de Aveiro e tinha, nesse
ano, um rendimento superior a um conto de reis. O Cura da Igreja recebia o
rendimento do pé do Altar e Passal, quantia insuficiente para subsistir e
custear vinho, hóstias, cera, azeite, etc. Daí, o edifício estar sempre em
ruína, a ponto de, em 1754, o Juiz da Igreja, António de Lemos, solicitar
subsídio urgente ao Bispo de Coimbra, procurando evitar a queda da abóbada. Em
1767, os dízimos rendiam 320$000 (pagos em quatro vezes), arrematados a 14 de
Maio e contrato firmado por escritura entre o Prior, Pedro Mascarenhas de
Mancellos e Francisco Jozé Cotovia, de Pereira. A porta lateral (a S.) tem um
pórtico concebido pelo mestre canteiro de Pereira, João Pereira Leytão, entre
os anos de 1773 e 1774, custeado pelo Provedor da Comarca, o Dr. Manuel da
Silva Carvalho, por 200$000 reis. Em 1787, João Pires da Cruz Mayo, o moço, e
Jozé Pires Mayo, mestres pedreiros de Pereira, ajustaram consertos nos telhados
da capela-mor, sacristia e capela das Almas, por 40$000 reis, a pagar pelo
Legado de Santa Maria. Existem notícias de mais pequenos restauros em 1805 e
1853. Os pavimentos, inicialmente de madeira e pedras sepulcrais, passaram, a
partir de 1840 (aquando da proibição de enterramentos), a lages de pedra,
calçada e asfalto, até um misto de mosaico e lajedo. Em 1867, a Igreja sofreu
grandes danos devidos às fortes cheias do Mondego. A Junta de Paróquia pediu
apoio ao Governo, seguindo-se o início das obras custeadas pelo Bispo de
Coimbra, Sua Magestade e pelo povo de Pereira. A actual torre advém de uma
construção iniciada em 1876 e concluída em 1897. O projecto e supervisão foi da
responsabilidade do engenheiro Miguel Silveira Azevedo e os custos foram
suportados pela Junta de Paróquia, legado de Santa Maria e confrarias das Almas
e Santíssimo Sacramento. Os sinos foram colocados na torre em Agosto de 1895,
as obras foram concluídas em 1897. A 12 de Março de 1960, uma faísca demoliu um
cunhal, mais tarde reparado pelos Monumentos Nacionais. O coro foi objecto de
reformas e reparações no século XVIII. Desde os anos 50 do nosso século até à
actualidade, este edifício sofreu intervenções da Direcção-Geral de Edifícios e
Monumentos Nacionais: 1952 - reparação da cobertura da torre sineira, da
sacristia e reconstrução da parede esquerda da nave; 1955 - reparação dos
tectos; 1956 - reparação das paredes e pavimentos da sacristia; 1957 -
reparação do muro do adro; 1959 - reparação dos altares e retábulos; 1960 -
reparação geral da torre; 1963 - instalação eléctrica; 1986/1987 - obras de
beneficiação; 1998 - reparação das coberturas da sacristia e capela-mor,
drenagens exteriores".
in:http://www.cm-montemorvelho.pt/patrimonio_historico.asp?ref=11PER
Casa em Pereira, Montemor-o-Velho
Diferença no primeiro partido.
(Brica carregada de farpão?)