Armas plenas de Castro (de treze arruelas), sob coronel de nobreza e timbre de Castros.
(dos condes de Resende)
A Casa Queirosiana de Gaia
Esta
casa senhorial, antigamente conhecida como Quinta da Costa, localiza-se
em Canelas no lugar de Negrelos, datando a notícia mais antiga do ano
1042.
Construída para residência na época Medieval, foi comprada e
adaptada em 1984 para Casa Municipal da Cultura, pela Câmara Municipal
de V. N. de Gaia depois de ter pertencido aos Condes de Resende que
deram origem à actual designação.
De realçar o jardim das Japoneiras ou das Camélias, com exemplares
centenários, e a Estátua de Eça de Queiroz que nesta casa se enamorou de
Emília de Castro Pamplona, filha dos Condes de Resende.
Aqui funciona um Centro de Documentação Histórica, com documentação
original desde a Idade Média, um Núcleo Museológico de Arqueologia, Arte
e Antropologia e espaço de exposições temporárias e de Congressos.
Na programação anual destacam-se as festas do
solstício de Verão e as comemorações queirosianas em Novembro, para além
de actividades quotidianas nos domínios da arqueologia, história,
antropologia cultural e património relacionadas com o Município e a
região envolvente e afinal com todo o mundo com quem a história da Casa e
as suas colecções a relacionam.
In:
http://www.cm-gaia.pt/gaia/portal/user/anon/page/_CMG_0000.psml?categoryOID=F182808080EB80GC&contentid=8982809880CO&nl=pt
WIKI:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solar_Condes_de_Resende
História
Antiga propriedade senhorial, o
solar encontra-se referido documentalmente pela primeira vez na "Carta de Negrelos" (
1042), pelo que se presume a sua edificação seja do final do
século X ou do início do
século XI.
Foi conhecida como
Quinta da Costa, uma vez que pertenceu a
Tomé da Costa, um
fidalgo de Vila Nova de Gaia que serviu o reino durante o período da
Dinastia Filipina. Da família dos Costa transitou para a dos
viscondes de Beire e, finalmente, para a dos
condes de Resende, por
casamento do 4° conde de Resende, D.
António Benedito de Castro, em
1843.
O solar foi frequentado pela família Castro na época balnear, quando buscavam a
praia da Granja para passeios e festividades, uma vez que a residência fixa da família durante o ano era outro solar, à
Praça da República no
Porto.
Tiveram entretanto que se mudar definitivamente para o solar em Vila
Nova de Gaia, quando foram expropriados pela abertura da rua Álvares
Cabral, em
1895.
A solar foi adquirido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia em
1982, a partir de quando sofreu intervenção de
restauro, sendo requalificado como Casa Municipal de Cultura. Desse modo, passou a albergar uma
biblioteca, um núcleo museológico de
arqueologia, uma coleção de obras de
Marciano Azuaga, um
jardim de
camélias com a
estátua de
Eça de Queirós
e salas de exposição. Sedia, deste modo, diversos eventos culturais e
educacionais como exposições temporárias (artes, aulas de pintura,
inglês, colóquios, danças de salão, e outras).
Características
O solar regula uma
decoração bastante contida de um
barroco regional, patente nas
molduras das
janelas e dos vãos das
portas:
o exterior mostra-se sóbrio enquanto que no interior se desenrolam as
actividades familiares e de trabalho quotidianas. Assim deveria ser a
conduta de um nobre: sóbrio no exterior e íntegro no seu interior. Este
cariz atual adveio da sua remodelação no
século XVIII que lhe terá conferido a sua aparência atual.
Destinava-se o andar de baixo às lides domésticas e às funções do
trabalho diário (que incluia armazéns onde se guardavam as rendas em
géneros)
[1], enquanto que o piso superior era o andar
nobre onde se desenrolava o panorama das funções de lazer e habitação. Estes dois pisos desenrolam-se em três corpos principais de
planta em "L".
O solar compreende ainda uma
capela semi-privada sob a invocação de
São Tomé,
motivo de esta se situar extra-muros do edifício. É uma capela bastante
simples e pequena, e que estava aberta a todos os que aí quisessem
devocionar enquanto que os Condes assistiam aos atos litúrgicos, ou
simplesmente oravam, no
coro alto.
Referências
- ↑ SANTOS, Manoel Rodrigues dos - Descripção Topográphica de Villa Nova de Gaya. 1ª ed. Porto: Imprensa Real, 1881. Como atesta Manoel Rodrigues dos Santos: "Pelo
que toca aos outros, que vivem das suas rendas, e da cultura das suas
terras, poderia exhibir uma relação numerosa d´individuos, ou familias,
que ha nestas circumstancias nas freguezias desta Villa (...)".
Conste, portanto, que este tipo de subsistência era algo comum em Vila
Nova de Gaia e que esta quinta nobre reunia várias unidades de
exploração que proporcionavam rendas em géneros e dinheiro. Estas
unidades situavam-se nas freguesias gaienses de Canelas, Perosinho e Serzedo.