quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ex-libris da autoria de Luís Ferros, no 78º aniversário do seu nascimento.







































Luís António Gaia de Paiva Raposo Ferros, nascido em Lisboa, São Jorge de Arroios a 29-01-1936, e falecido em Lisboa a 26/01/2012. 3º Conde de Felgueiras por casamento [1], membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do Instituto Português de Heráldica, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Academia Portuguesa de Ex-líbris, sócio fundador da Academia de Letras e Artes, de Cascais, Comendador de graça, com placa, da S. M. Ordem Constantiniana de São Jorge de Nápoles e Vice-presidente da direcção da Associação dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Constantiniana de São Jorge de Nápoles, Cavaleiro da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, e da Ordem de São Maurício e São Lazaro da Casa de Sabóia. Concluído o curso geral dos liceus, inicialmente vocacionado para o campo das artes plásticas desenvolveu estudos nesta área. Paralelamente manifestou o interesse pela Genealogia e pela Heráldica, o que o levou a estudar paleografia e sigilografia. Exerceu a sua actividade profissional como técnico do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Integrou a Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e o Instituto Português de Heráldica. Na preparação para a XVII Exposição Internacional de Arte e Cultura Europeias foi escolhido, como especialista em Heráldica, para a tarefa da selecção das peças e organização dos catálogos. Em 1987, na Junta de Turismo da Costa do Estoril, ajudou a organizar a exposição “A Heráldica nas Artes Decorativas Portuguesas.[1] Além da sua actividade como investigador ao nível da história e teoria da Heráldica, dedicou-se ao desenho heráldico. Foi o autor das ilustrações heráldicas de algumas obras, das quais se destaca a capa da obra "Titulares pereiras e Pereiras titulares", e a de Fernando Mouzinho de Albuquerque e Cunha - "Mouzinho de Albuquerque: História e Genealogia". Tem ainda uma produção muito significativa enquanto criador de ex-líbris heráldicos e não só. Destes podem-se citar, entre muitos outros, o de António Coelho de Moura e o de Francisco de Assis Maria de Oliveira de Almeida de Calheiros e Meneses. Produziu ainda vários cartões para tapetes do tipo “Arraiolos” armoriados. Filho de António de Paiva Raposo Ferros, que nasceu a 05-02- 1911, e faleceu em, Cascais, São João do Estoril a 15-03-1997, actor de teatro e cinema, iniciou a sua carreira teatral fazendo teatro amador no Grupo Dramático do Clube Estefânia. Em 1935 é descoberto por Leitão de Barros que o convida para ser um dos protagonistas do filme "As Pupilas do Sr. Reitor", fazendo assim o papel de Daniel das Dornas. O seu talento e a sua dedicação fazem com que, quer o cinema, quer o teatro não mais o deixem de chamar[2]. Passa pelas maiores companhias de teatro das décadas de quarenta e cinquenta, como a companhia "Rey-Colaço/Robles Monteiro". [3]. Foi agraciado pelo Presidente da Republica [4]com a comenda da Ordem Militar de São Tiago de Espada, a 10 de Junho de 1995, e de D. Maria Luísa Perry Vidal Gaya , que nasceu em Lisboa, Coração de Jesus a 24.10.1906 e faleceu em Cascais, São João do Estoril a 26-02-2000. Neto paterno de António Joaquim Ferros Júnior, nascido em Lisboa, São Nicolau 05.02.1888, e falecido em Lisboa a 09.09.1918 e de D. Olivia de Paiva Raposo, nasceu em Ribeira Grande, Matriz (Ribeira Grande), Nossa Senhora da Estrela 03.01.1891, e faleceu em Lisboa, São Mamede em 1974, e materno de Álvaro Gaia, nascido em Lisboa, Santa Catarina 06.10.1873, era funcionário publico, Director dos CTT - Correios, Telégrafos e Telefones,  membro da Associação de Socorros a Náufragos,  recebeu a Medalha de Prata da Rainha D. Amélia pela bravura no socorro a um naufrágio, e de  D. Aida Santos Perry Vidal, nascida em Lisboa a 04.05.1878, e falecida em Lisboa, Coração de Jesus, a 22.06.1920.


[1] Por alvará do Conselho de Nobreza de 28-11-1987
[2] . Filmografia de Paiva Raposo: 1935 - "As Pupilas do Senhor Reitor" - Leitão de Barros, 1940 - "Pão Nosso" - Armando de Miranda, 1946 - "Camões" - Leitão de Barros, 1946 - "A Mantilha de Beatriz" - Eduardo Garcia Maroto, 1947 - "Aqui Portugal" - Armando de Miranda, 1949 - "A Morgadinha dos Canaviais" - Caetano Bonucci, 1959 - "O Primo Basílio" - António Lopes Ribeiro, 1959 - "O Passarinho da Ribeira" - Augusto Fraga, 1962 - "Um Dia de Vida" - Augusto Fraga, 1987 - "O Desejado - As Montanhas da Lua" - Paulo Rocha.
[3] Participou em centenas de peças, tais como: "Um Marido Ideal" e "É Preciso Viver" ambas em 1946; "Outono em Flor" e "Espada de Fogo" ambas em 1949; "Nau Catrineta" em 1951; "A Ceia dos Cardeais" em 1952; "A hora da Fantasia" em 1954; "As Árvores Morrem de Pé" em 1965, entre muitas outras.
[4] Dr. Mário Soares.