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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Pórticos do Solar dos Silveiras em Canelas, Peso da Régua



 Escudo sob elmo e timbre de Silveiras, ornado de paquife.
Esquartelado: I - Silveira. II - Teixeira. III - Pereira. IV - Pinto.



Armas plenas de Pintos

"Cronologia
Séc. 18 / 19 - época provável de construção do solar; 1763, 1 Setembro - data do nascimento de Francisco da Silveira, na vila de Canelas, filho de Manuel da Silveira Pinto da Fonseca e de D. Antónia Silveira; 1781, 16 Abril - data de casamento de Francisco da Silveira com D. Maria Emília Teixeira de Magalhães e Lacerda, filha de António Teixeira de Magalhães e Lacerda, senhor da casa da Calçada em Vila Real, e de sua mulher, D. Ana Teresa Pereira Pinto de Azevedo Souto Maior, terceira senhora do morgado de Celeirós; 1785, 22 Fevereiro - sucedeu no morgado de Espírito Santo e na casa de seu pai; 1811, 13 de Maio - foi agraciado com o título de conde de Amarante pelo Príncipe regente no Brasil, devido aos seus serviços durante a invasão francesa; 28 Junho - data da carta com o título de conde; 1821, 27 Maio - data do falecimento do general da Silveira, em Vila Real; 1851 - data no portão de ferro do portal principal da quinta; 1970, finais da década - adquirido pelo actual proprietário; 1980, 29 Março - Despacho do Secretário de Estado da Cultura determinando a classificação do Solar dos Silveiras como Valor Concelhio." in: monumentos.pt

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Solar dos Condes de Resende / Quinta da Costa - Canelas - Vila Nova de Gaia










Armas plenas de Castro (de treze arruelas), sob coronel de nobreza e timbre de Castros.
(dos condes de Resende)


A Casa Queirosiana de Gaia
Esta casa senhorial, antigamente conhecida como Quinta da Costa, localiza-se em Canelas no lugar de Negrelos, datando a notícia mais antiga do ano 1042.

Construída para residência na época Medieval, foi comprada e adaptada em 1984 para Casa Municipal da Cultura, pela Câmara Municipal de V. N. de Gaia depois de ter pertencido aos Condes de Resende que deram origem à actual designação.

De realçar o jardim das Japoneiras ou das Camélias, com exemplares centenários, e a Estátua de Eça de Queiroz que nesta casa se enamorou de Emília de Castro Pamplona, filha dos Condes de Resende.

Aqui funciona um Centro de Documentação Histórica, com documentação original desde a Idade Média, um Núcleo Museológico de Arqueologia, Arte e Antropologia e espaço de exposições temporárias e de Congressos.
Na programação anual destacam-se as festas do solstício de Verão e as comemorações queirosianas em Novembro, para além de actividades quotidianas nos domínios da arqueologia, história, antropologia cultural e património relacionadas com o Município e a região envolvente e afinal com todo o mundo com quem a história da Casa e as suas colecções a relacionam.

In:
 http://www.cm-gaia.pt/gaia/portal/user/anon/page/_CMG_0000.psml?categoryOID=F182808080EB80GC&contentid=8982809880CO&nl=pt


WIKI: http://pt.wikipedia.org/wiki/Solar_Condes_de_Resende

História

Antiga propriedade senhorial, o solar encontra-se referido documentalmente pela primeira vez na "Carta de Negrelos" (1042), pelo que se presume a sua edificação seja do final do século X ou do início do século XI.
Foi conhecida como Quinta da Costa, uma vez que pertenceu a Tomé da Costa, um fidalgo de Vila Nova de Gaia que serviu o reino durante o período da Dinastia Filipina. Da família dos Costa transitou para a dos viscondes de Beire e, finalmente, para a dos condes de Resende, por casamento do 4° conde de Resende, D. António Benedito de Castro, em 1843.
O solar foi frequentado pela família Castro na época balnear, quando buscavam a praia da Granja para passeios e festividades, uma vez que a residência fixa da família durante o ano era outro solar, à Praça da República no Porto. Tiveram entretanto que se mudar definitivamente para o solar em Vila Nova de Gaia, quando foram expropriados pela abertura da rua Álvares Cabral, em 1895.
A solar foi adquirido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia em 1982, a partir de quando sofreu intervenção de restauro, sendo requalificado como Casa Municipal de Cultura. Desse modo, passou a albergar uma biblioteca, um núcleo museológico de arqueologia, uma coleção de obras de Marciano Azuaga, um jardim de camélias com a estátua de Eça de Queirós e salas de exposição. Sedia, deste modo, diversos eventos culturais e educacionais como exposições temporárias (artes, aulas de pintura, inglês, colóquios, danças de salão, e outras).

Características

O solar regula uma decoração bastante contida de um barroco regional, patente nas molduras das janelas e dos vãos das portas: o exterior mostra-se sóbrio enquanto que no interior se desenrolam as actividades familiares e de trabalho quotidianas. Assim deveria ser a conduta de um nobre: sóbrio no exterior e íntegro no seu interior. Este cariz atual adveio da sua remodelação no século XVIII que lhe terá conferido a sua aparência atual.
Destinava-se o andar de baixo às lides domésticas e às funções do trabalho diário (que incluia armazéns onde se guardavam as rendas em géneros)[1], enquanto que o piso superior era o andar nobre onde se desenrolava o panorama das funções de lazer e habitação. Estes dois pisos desenrolam-se em três corpos principais de planta em "L".
O solar compreende ainda uma capela semi-privada sob a invocação de São Tomé, motivo de esta se situar extra-muros do edifício. É uma capela bastante simples e pequena, e que estava aberta a todos os que aí quisessem devocionar enquanto que os Condes assistiam aos atos litúrgicos, ou simplesmente oravam, no coro alto.

Referências

  1. SANTOS, Manoel Rodrigues dos - Descripção Topográphica de Villa Nova de Gaya. 1ª ed. Porto: Imprensa Real, 1881. Como atesta Manoel Rodrigues dos Santos: "Pelo que toca aos outros, que vivem das suas rendas, e da cultura das suas terras, poderia exhibir uma relação numerosa d´individuos, ou familias, que ha nestas circumstancias nas freguezias desta Villa (...)". Conste, portanto, que este tipo de subsistência era algo comum em Vila Nova de Gaia e que esta quinta nobre reunia várias unidades de exploração que proporcionavam rendas em géneros e dinheiro. Estas unidades situavam-se nas freguesias gaienses de Canelas, Perosinho e Serzedo.