terça-feira, 25 de junho de 2013

Casa do Visconde de Arneiros ou Casa dos Pinheiros - Lamego










Escudo oval sob elmo.
Esquartelado: I e IV - Pinheiro (de Barcelos). II e III - Fonseca.

    Este magnífico palacete é um dos mais antigos edifícios brasonados de Lamego.
Pertenceu este edifício ao primeiro Visconde de Arneirós, de seu nome António Pinheiro da Fonseca Osório Vieira e Silva, bacharel formado em direito, fidalgo cavaleiro por sucessão, vindo a ocupar vários cargos importantes (deputado da nação em várias legislaturas, provedor da Santa Casa de Misericórdia, vereador e Presidente da Câmara Municipal de Lamego e Presidente da Junta distrital).
Por morte do último visconde de Arneiros, esta Casa passou para a posse da família Girão (Azevedo, 1974).
    O edifício, segundo João Amaral (1961),  primitivamente possuia uma correcta e muito apreciável arquitectura, mas ficou bastante prejudicado com o acrescentamento de um segundo andar… Possui um brasão que constitui um excelente trabalho esculpido em granito, ostentando as insígnias armoriais dos Pinheiros e dos Fonsecas.
O edifício foi adquirido por particular há poucos anos. Funcionou ali, por algum tempo, o Centro de Saúde de Lamego, mas hoje a casa é ocupada por escritórios de advogados.

Localização: fundo da Rua da Pereira, não longe da Sé Catedral

Casa do Poço - Lamego







   Escudo oval sob coronel de visconde?
Esquartelado: I - Rebelo. II - Carvalho. III - Portugal. IV - Pinto

 Esta Casa pertenceu a famílias de elevada nobreza. Embora sofresse modificações que, ao longo dos tempos, lhe alteraram a traça original, o edifício tem alguns elementos que lhe conferem alguma importância.
    Possui duas janelas notáveis voltadas para a estreita rua dos Loureiros, sendo estas dois exemplares primorosamente lavrados em granito, mas com elementos de épocas distantes: o balcão e os enquadramentos pertencem à primitiva traça (séculos XII- XIII), sendo os arcos e as colunas obra do séc. XVI.
    O solar possuía mais brasões, estando dois no Museu de Lamego. Actualmente, no corpo voltado para a Sé, existem dois: um em granito, na fachada principal e outro, em ferro, a encimar o portão forjado que dá acesso ao pátio de entrada. Ambos são esquartelados e possuem os emblemas heráldicos dos Rebelos, Carvalhos, Portugais (modernos) e Pintos.
     O edifício foi objecto de reconstrução no século XVIII. Foi adquirido pela diocese em 1921 e o Seminário ali funcionou até 1961, altura em que foi inaugurado o Seminário Novo no Lugar da Rina.
Após profundas obras de remodelação, em 15 de Novembro de 2008, foram ali inaugurados novos espaços destinados as exposições de Arte Sacra e Arquivo Histórico Diocesano.  

Localização: em frente à Sé, fazendo ângulo com a Rua dos Loureiros.

Casa do Espírito Santo - Lamego







Escudo francês sob chapéu eclesiástico.
Partido: I - Cunha. II - Guedes.
De D. Luís da Cunha Guedes ?


Escudo francês sob chapéu eclesiástico de onde pendem dois cordões, de seis borlas cada.
Partido: I - Botelho. II - Magalhães.

Armas plenas de Cardoso.

Este solar, de linhas singelas e sem grandes pormenores decorativos, foi construído na segunda metade do século XVII, pelo deão da Sé de Lamego, D. Luís da Cunha Guedes.
Sobressaem dois brasões nos dois cunhais da casa, cujas insígnias armoriais pertencem à família do fundador, ambos dotados de chapéu eclesiástico com borlas. O brasão do lado da Avenida Visconde Guedes Teixeira tem as insígnias dos Cunhas e Guedes e o do lado esquerdo do edifício possui as armas armoriais dos Botelhos e Magalhães.
Neste edifício está instalado o Clube Lamecense desde 1912. O rés-do-chão foi por largos anos ocupado por alguns estabelecimentos comerciais mas desde 1974 que ali funciona uma agência bancária.



Localização: Largo do Espírito Santo, junto à Capela e Fonte do mesmo nome 

Casa do Assento - Lamego






Escudo sob coronel de nobreza e timbre de ?, suportado por quatro tenentes.
Esquartelado: I - Pinto. II - Coutinho. III - Tavares?. IV - Vilhena.

 O Palacete foi habitado, pelo menos por algum tempo, pela nobre família dos Padilhas, mas a sua construção deve-se a outras famílias, conforme demonstram as insígnias armoriais lavradas no brasão.
    À semelhança do que aconteceu com quase todos os palacetes de Lamego, também este edifício foi alvo de algumas modificações, embora a sua arquitectura tenha ainda algumas marcas renascentistas.     
     A construção foi inspirada na traça existente na casa cabidoal da Sé de Lamego.
Possui este belo Palacete um dos mais apreciáveis tectos que se podem ver em casas solarengas.
O seu brasão é esquartelado e exibe os emblemas heráldicos dos Pintos, dos Coutinhos, dos Tavares (?) e Vilhenas.
      O Banco Nacional Ultramarino esteve aqui instalado durante várias décadas mas a partir dos anos oitenta a Região de Turismo Douro Sul ocupou o imóvel para instalação dos seus serviços. 

Localização: Largo da Regueira, nas traseiras da Rua da Olaria - (actual sede da Região de Turismo)

Casa das Brolhas - Lamego













Escudo de fantasia sob coronel de nobreza.
Cortado: I - Partido de: 1 - Osório. 2 - Menezes (de Marialva).
II - Mantelado de: 1 - Castro (de treze arruelas). 2 - Fonseca. 3 - Manoel de Vilhena.

    Erigido em 1771 é um dos mais grandiosos edifícios solarengos de Lamego.
    A sua frontaria chama atenção pelos ornamentos decorativos invulgares, lavrados no granito, onde sobressai o imponente portão e o magnífico brasão da família. O escudo está dividido em cinco partições, realçando-se os sinais heráldicos dos Osórios, Menezes (marqueses de Marialva) esquartelado, Castros à sinistra com treze arruelas.
    É este edifício considerado imóvel de interesse público por despacho de 1975, sendo, a sua imponência, uma demonstração da prosperidade que a aristocracia detinha na região de Lamego no século XVIII.

    À Casa das Brolhas pertenciam vários notáveis que estavam ligados à mais antiga nobreza de Portugal, como Macário de Castro da Fonseca e Sousa, par do reino, brilhante parlamentar nos primeiros tempos do regime constitucional, grande benemérito de Lamego, como o foi seu neto, Macário de Castro da Fonseca e Sousa Pereira Coutinho, também par do reino. Outros antepassados seus se assinalaram, como Manuel Pinto da Fonseca que veio a ser Grão-mestre da Ordem de Malta.

Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público
Localização: Rua Macário de Castro

Capela do Espírito Santo - Lamego




Reedificada pelo bispo D. Manuel de Noronha no séc. XVI.
O brasão deste bispo encontra-se no cunhal exterior da capela, do lado nascente.
Armas de D. Manuel  de Noronha, bispo de Lamego de 1551 a 1564
Armas de Câmaras

De pequenas dimensões, possui no seu interior uma notável escultura do Espírito Santo do séc. XVIII de autor desconhecido, a qual desperta interesse pela sua singularidade.

Para além do altar-mor, onde se encontra a escultura do Espírito Santo, existem mais dois altares, merecendo especial destaque o belo altar barroco no lado do evangelho.

De realçar, igualmente, o púlpito em talha dourada e a azulejaria do séc. XVII que reveste as paredes.

Localização: Na baixa da cidade, ao lado da fonte com o mesmo nome.




Casa em Lamego



Escudo sob elmo e timbre de Guedes mutilado.
Esquartelado: I - Guedes. II - Magalhães? Vasconcelos? III - Botelho. IV - Coutinho? Fonseca?

De pertença também da família da Casa do Espírito Santo, a que mais tarde se juntou a família Vasconcelos, pertenceu o outro edifício que confronta com a rua dos Loureiros e com a rua das Canastras, cuja pedra de armas constitui um belo trabalho e que tem os sinais heráldicos dos Guedes, Vasconcelos, Botelhos e Fonsecas. Este último edifício brasonado foi legado a uma instituição de beneficência pelo último herdeiro dos Vasconcelos, Dr. Vasco de Vasconcelos.