terça-feira, 14 de maio de 2013

Casa em Pereira, Montemor-o-Velho



 Brasão do Tenente Coronel Teotónio Tavares Esteves
Armas de dignidade eclesiástica.
Escudo oval, sob galero de cónego.
Escudo partido: I - Tavares. II - Esteves (?)
Diferença no primeiro partido.
(Brica carregada de farpão?)

Solar dos Pinas - Montemor-o-Velho



Armas plenas de Pinas.

Porta de verga curva e cimalha sobrepujada por concha, enquadrada por duas colunas dóricas em frente de pilastras colocadas em diagonal. Sobre as colunas, dois vasos espiralados com fogaréus e no espaldar as armas dos Pinas. Apresenta características barrocas não só no tipo de elementos decorativos utilizados (brasão e terminação das colunas) como na própria organização dos suportes.

Este portal pertence aos Solar da família Pina, de onde se destacam as figuras de Fernão de Pina e Rui de Pina. Entre os descendentes encontra-se Lopes Fernandes de Pina que veio a casar em Montemor-o-Velho com Leonor Gonçalves, filha de Pedro Gonçalves, cavaleiro-vassalo do rei D. João I e mulher Maria de Góis. Este fixou residência em Montemor, "construiu uns grandes passos cercados e coroados de ameias".

No edifício onde se insere, observa-se a ampliação nascente dissonante e difícil integração do auditório a poente. O pórtico já foi restaurado com cimento.

Segundo alguns autores, tratou-se de uma cópia do solar dos Pinas, em Espanha (Aragão), demolido em finais do séc. XVIII. O actual solar foi restaurado por Francisco de Pina e Sá, descendente das família dos Pinas. Hoje, este edifício encontra-se profundamente alterado, fruto de diversas reformas e acrescentos, mantendo-se, para além do portal, o muro ameiado.

Solar da Família Chichorro em Montemor-o-Velho





Escudo em cartela sob elmo timbre e paquífe.
Esquartelado: I e IV - Sousa (do prado ou Sousa Chichorro). II - Pinheiro. III - Gama (de Vasco da Gama).
Timbre de Sousas
(Leitura totalmente intuitiva)

Localizado no Largo Alves de Sousa (antigo Largo do Outeiro). Solar constituído por casa de habitação, celeiro e logradouro. É de salientar a existência de um nicho na parede exterior do edifício, onde se encontra um Padre Eterno, em alto relevo, esculpido na pedra.

O primeiro membro da família a viver em Montemor-o-Velho foi João Chichorro-o-Velho (1538-1564), que foi várias vezes vereador da Câmara. Possuíam brasão de armas: um escudo esquartelado com armas dos Chichorros, no 1º e 4º quartel, Pinheiros no 2º, e Figueiredos no 3º.

Solar dos Alarcões - Biblioteca Municipal de Montemor-o-Velho





Escudo sob coronel de conde.
Esquartelado: I - Velasques. II - (Alarcão - Salazar ?). III - Alarcão. IV - Sarmento


Escudo em Cartela sob elmo e timbre.
Esquartelado:I - Freire de Andrade. II - Alarcão - III - Castro. IV - Sarmento.
Timbre: Alarcão

    As primeiras notícias sobre o local onde se encontra implantado o solar datam de 1498, através de uma compra feita por Diogo da Fonseca Andrade (descendente de Fernando Alvares de Andrade, escrivão da Fazenda e tesoureiro de D. João III). Em 1557 ou 59, aparecem referenciadas umas casas como fazendo parte do vínculo instituído por Gaspar da Fonseca Andrade e Dona Leonor de Mascarenhas. 
    Em 1684, foi lavrado um contrato entre Thomé Chichorro e Gaspar da Fonseca que demonstra que parte do beco que existia a nascente pertencia à casa. Foi por ordem de D. Maria do Ó Osório Cabral (viúva de D. José de Alarcão Velásques Sarmento Osório) que, em 1870, foram iniciadas as obras de reconstrução do solar. D. João de Alarcão, filho herdeiro de D. Maria do Ó, em 1889, mandou construir um celeiro e um depósito para pipas de água e vinho, no lugar onde existia um celeiro em ruínas. Esta parte foi, mais tarde, vendida e transformada em habitação.
     Já no nosso século, em finais da década de 60, o solar foi votado ao abandono até ser definitivamente desocupado. Em finais da década de 70, o edifício foi alugado aos Serviços Hidraúlicos do Mondego. Em 1985, o imóvel foi vendido por Maria da Conceição Ponces de Alarcão Velásques Sarmento Lopes da Silva a Deolindo Azevedo Correia, que o vendeu em 1988 à Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho. Desocupado desde a saída dos Serviços Hidráulicos e em avançado estado de degradação, foi adquirido pela Câmara Municipal de Montemor-o-Velho em 1992. O edifício foi recuperado para a instalação da Biblioteca Municipal.


in: http://www.cm-montemorvelho.pt/patrimonio_historico.asp?ref=50MOV

Solar dos Ornelas, Abrunheira - Montemor-o-Velho





Escudo em cartela de concheados sob coronel de nobreza.
Esquartelado: I - Ornelas. II - Abreu. III - Fonseca. IV - Moura.


No andar nobre rasgam-se, na frontaria, nove janelas de verga curva, cuja cimalha segue a mesma linha. A porta, ostentosa, também de verga curva, mostra frontão interrompido, com brasão esquartelado. Está ladeada por seis janelas que poderão ser posteriores. À esquerda, num plano mais alto e recuado, encontra-se a capela

A instituição deste solar advém de um morgadio de vínculo do último quartel do século XVII. Esta afectação foi feita a D. Maria Marques, viúva do capitão António Rodrigues Pinto. O último senhor do vínculo foi José de Ornelas da Fonseca Nápoles e o último proprietário directo da casa foi Ernesto da Costa Ornelas, deputado e par do Reino, que ainda a possuía nos anos 50 do nosso século.

Entre os bens vinculados no século XVII figuram as termas da Amieira e do Bicanho. Um dos vinculatários, o Dr. João Rodrigues Pinto, foi reitor do Colégio de S. Paulo da Universidade de Coimbra, deputado do Santo Ofício e cónego doutoral da Sé de Viseu. Esta enterrado na Capela de S. Pedro, em Verride, em cuja pedra se gravaram as suas armas: no 1º quartel, cinco crescentes (Pintos), no 2º cinco flores de liz (Rodrigues), elmo e, como timbre, um leão. Uma neta ou bisneta da vinculatária casou com um Ornelas. O último senhor do vínculo foi o Dr. José Ornelas da Fonseca Nápoles, formado em Direito e colaborador de muitos jornais e revistas. Foi o autor do folheto de versos "O Boletim Postal", da "Canção da Padeirinha" e de outras poesias que passaram ao folclore popular e sustentou grandes polémicas com vários escritores, entre eles Trindade Coelho. Nasceu na Abrunheira e faleceu na Figueira da Foz.

Solar dos Viscondes de Ponte da Barca, Abrunheira - Montemor-o-Velho



Pedra de Armas de Fernando Luís Pereira de Vasconcelos - 2º Visconde de Ponte da Barca . Escudo em cartela sob coronel de visconde, adornado de paquife. Esquartelado: I - Vasconcelos. II - Bandeira. III - Cardoso. IV - Silva.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Casa de Santo António - Fornos de Maceira Dão












Escudo em cartela sob coronel de nobreza.
Escudo Partido: I - Cardoso. II - Faria.

Considerada uma das «mais antigas casas solarengas» do concelho de Mangualde (CARDOSO, 1995), o solar da Quinta de Santo António terá sido edificado no início do século XVI, conforme atestam os elementos decorativos mais antigos, registando-se transformações na estrutura da casa ao longo das centúrias seguintes.
O primeiro proprietário da Quinta de Santo António a ser referenciado na documentação é Leadro de Faria Cardoso, que habitou o solar nos finais do século XVII. No entanto, da construção primitiva, iniciada quase duzentos anos antes, e do seu encomendante, nada se sabe.
O mais antigo corpo do edifício, com escadaria de acesso na fachada principal, apresenta janelas com decoração de inspiração manuelina, nomeadamente uma janela de canto assente sobre pilastra decorada com boleados, que forma uma pequena varanda com conversadeiras.
Adossada a este corpo primitivo está a capela de Santo António, edificada em 1736, cuja fachada apresenta um curioso e tardio programa de gosto clássico com reminiscências maneiristas, cujo portal inserido em alfiz é encimado pelo brasão dos Cardoso Faria. No interior, de nave única, destacam-se o programa decorativo de talha dourada barroca, nomeadamente o retábulo e as ombreiras das portas, e o conjunto de imaginária dourada e policromada.
Este eclético conjunto é prolongado por um corpo de planta em L, construído no século XIX, com intervenções na centúria seguinte, de que destaca a curiosa torre de relógio.
Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR,I.P./ Junho de 2008

Jazigo da família de Miguel de Queiroz Pinto de Athayde e Mello - Fornos de Maceira Dão




Casa de Almeidinha










Escudo de fantasia sob elmo, ornado de paquife.
Esquartelado: I - Amaral. II - Osório. III - Cabral. IV - Fonseca.
Escudo oval em cartela sob coroa de conde.
Escudo Esquartelado: I - Amaral. II - Sousa. III - Osório. IV - Vasconcelos.

IN: TAVARES, José Carlos de Athayde - "Amarais Osórios, senhores da casa de Almeidinha, Subsidios para a sua genealogia", Lisboa, 1986.