segunda-feira, 25 de julho de 2016

Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, Tarouca







Revisitado em 24-07-2016




 Marca de Canteiro

 Armas da Ordem de Cister

 Túmulo de D. João Coutinho

  Túmulo de D. João Coutinho

  Túmulo de D. João Coutinho
(Três escudos com as armas plenas de Coutinhos)
Túmulo de D. Maria de Sousa, mulher do 1º conde de Marialva D. Vasco Coutinho.
Três escudos partidos de I - Coutinhos e II - Sousas de Arronches (dimidiado).





Túmulo de ?

Escudo com as armas de Coutinhos.




Este Mosteiro, tal como o de S. João pertenceu à Ordem dos monges Bernardos. Deve-se, no seu início, principalmente, a D. Teresa Afonso, segunda mulher de Egas Moniz. Segundo a tradição e a crónica de Cister, começou a edificação do Mosteiro de Salzedas, no sítio da Abadia Velha, junto de Ucanha; depois assentou-se que foi edificado sobre o rio Torno.
Geralmente afirma-se que o Mosteiro foi fundado no ano de 1167. Anos antes, porém, já ele tinha monges e abade. A Carta de Afonso Henriques, datada de 1163, pela qual doa o Couto de Algeriz a Teresa Afonso para que esta por sua vez o ofereça ao mosteiro de Salzedas, afirma que o possuam os que aí habitam sob a regra de S. Bento. E pela Carta de doação da Igreja de S. Martinho de Gaia, datada do mesmo ano, D. Afonso Henriques oferece esta mesma Igreja ao Abade João Nunes e seus sucessores. Destas doações se vê que em 1163, em Salzedas, já havia um Mosteiro com monges e abade que devia ter levado tempo a organizar-se. D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, viveu algum tempo em Salzedas, tendo como aia de seu filho, ainda infante, Teresa Afonso. As generosidades do nosso primeiro Rei para com o Mosteiro inspirou-as certamente a lembrança dos tempos que ali passou, e é o que parece deduzir-se das seguintes palavras da Carta de doação do Couto ao Mosteiro e Monges:
"Damus Cautum de Algeris pro servitio qoud nobis fecistis". Teresa Afonso foi a alma desta instituição, chegando a albergar os frades em sua própria casa, enquanto corriam as obras do Mosteiro. Afinal morreu sem as ver concluídas, sepultando-a os monges sob um arco da Igreja e mandando-lhe gravar na campa laudatório epitáfio. Nada se sabe hoje do local da sua sepultura. Adscrito à Regra de S. Bento, o mosteiro de Salzedas, só depois de doado a João Cirita, em 1165, é que passou para os Bernardos.
Edificado sobre o rio Torno, depressa os seus monges agricultaram os subúrbios e formaram uma das mais lindas e férteis cercas da Beira. O seu Couto era muito extenso e no seu termo ficavam campos, lameiros, vinhas e hortas e até algumas povoações, sendo mais importante a Vila da Ucanha.
Além do couto de Algeris teve doações de reis, como Sancho I, Afonso III, Pedro I e D. Manuel, que o tomou debaixo da sua protecção por Carta datada de Sintra; legaram-lhe quintas e casares; D. Flamula em 1258, Eldra Martins e outras donas e cavalheiros, como Vermundo Pais, Gonçalo Canileu, os Marialvas e o Bispo de Lamego; era donatário da Vila da Ucanha, Granja Nova, Vila Chã da Beira e S. Martinho de Mouros; e tinha o padroado das Igrejas, além das terras do limite do Couto, mais: Cimbres, Santa Leocádia, Paços de Tarouca. Tudo isto concorreu para o enorme poderio e para a sua colossal riqueza; e só tamanha riqueza explica a obra gigantesca que foi a sua Igreja e Convento.
A traça deste Mosteiro era enorme. Formavam-no vastas salas para hóspedes, grandes celeiros e cozinhas, longos dormitórios, botica, que foi afamada, e óptimas cavalariças. Mas a todas estas dependências avantajavam-se o claustro grande o pequeno a sala do Capítulo, que ainda hoje podemos ver e admirar. Os quatro dormitórios formavam um quadrado e no centro havia o jardim onde avultava enorme tanque.
De toda esta obra, além dos claustros, da casa do celeiro e de parte dum dormitório, quase nada resta. O que existe deve ser obra do século XVI a XVIII, talvez da iniciativa de D. Fernando I e D. Fernando II, abades do Mosteiro; aquele fundador do Hospital de Ucanha e este restaurador da sua ponte e torre.
Este Mosteiro teve a sorte do de S. João de Tarouca: foi extinto em 1834.




in: http://tarouca.com.sapo.pt/Salzedas.htm

Igreja do Desterro, Lamego




Escudo oval sob coronel de nobreza.
Esquartelado: I - Sousa do Prado. II - Moura. III - Távora. IV - Coutinho.

De Frei Luís Alvares de Távora, bailio de Leça, fundador da igreja em 1640.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Igreja Matriz de Meruge, Oliveira do Hospital





 S.A DE IO FE /
 IY E FO DE LVS /
 MACHADO . E D . /
 ISABEL . ROZ

 Escudo com as armas de Melos
padroeiros da igreja de Meruge.

 Escudo esquartelado: I e IV - Freire de Andrade. II e III - Machado.
Armas de João Freire de Andrade

"Nesta arca tumular manuelina da igreja paroquial de Meruge, (antiga Maruja) junto a
Sandomil, repousam os restos mortais de João Freire, irmão de Mécia de Andrade Machado. Este João Freire foi um dos três maridos de Leonor de Pina, filha do cronista Rui de Pina, sendo
sua filha Isabel Freire, que de António de Oliveira, cónego da Sé de Coimbra, chamado o cónego
triste, teve vários filhos. Um deles foi Gaspar Freire de Andrade, que veio a ser padroeiro da
igreja de Meruge, onde casou a 17-11-1571 com Antónia Cardoso, sem geração"

In: MENDONÇA, Manuel Lamas - "Ensaio sobre a origem dos Machados da Ilha Terceira"

Fotografias e texto de apoio gentilmente cedidos por João Goulart de Bettencourt.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Casa do Arco, Viseu

Este solar já tinha sido publicado aqui: http://solaresebrasoes.blogspot.pt/2012/07/casa-do-arco-viseu.html

Faltava publicar o brasão que fica na quina da casa para a Rua do Arco.


Escudo esquartelado: I e IV - Gouveias. II e III - Castelo-Branco.
 De "Leonel de Queiroz de Castello-Branco, que está sepultado em Órgens com um escudo igual"
Ver comentários!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Palácio Oriol Pena, Leiria


(Fotografias de Carla de Sousa)

Escudo oval sob elmo e timbre de Melos.
Partido: I - Figueiredo. II - Melo.

domingo, 12 de junho de 2016

Quinta do Loureiro de Silgueiros

 Torre do Loureiro




Armas na Torre do Loureiro, na Quinta do Loureiro.
Escudo sob elmo, timbre de Cardosos (dois braços de leão a segurar uma folha de figueira) e coronel de nobreza (mal representado)
Esquartelado:  I - Loureiro, II - Figueiredo, III - Cardoso, IV - Almeida



Capela de Santa Luzia
 


Armas dos Morgados de Cardosos (ou de Santa Luzia do Loureiro) na Capela de Santa Luzia, na Quinta do Loureiro, Silgueiros.

Capela de N Senhora da Encarnação
 
Armas novas atribuídas a Luís do Loureiro, o Grande, na Capela de Nossa Senhora da Encarnação, vinculada ao Morgado do Loureiro, por este instituído, na Quinta do Loureiro, Silgueiros.

A referência mais antiga que se conhece à Quinta do Loureiro, em Silgueiros, data de 1185 quando Daganel e D. Sancha Gonçalves, Senhores da Honra e Quintã do Loureiro, instituem o padroado de Santa Maria de Silgueiros(Ver aqui)

O morgadio de Loureiro foi instituído em 7/9/1551 por Luís do Loureiro, 1º Adaíl-mór do Reino.
A legenda na Torre tem esta inscrição: "Torre e solar da antiga e nobre casa do Loureiro e tronco deste apelido reedificada por seu décimo 5º Senhor e legítimo Morgado Joam de Almeida do Loureiro Cardoso" (o resto ilegível, provavelmente Vasconcelos, apelido que também usava). Curiosamente devido a disputa de séculos este Morgado era dos Cardosos e não do Loureiro como o faz aqui crer, pois este Morgadio era detido pelos seus parentes que tinham metade da casa, que se encontrava dividida por fortes paredes de granito. Esta disputa durou cerca de 200 anos desde fins do séc. XVI e só terminou em 1782 com o casamento do 11º Morgado do Loureiro com a 10ª Morgada dos Cardosos, sua prima.


Fotografias e informação gentilmente facultadas por José de Castro
Canelas, a quem deixo o meu agradecimento.