domingo, 4 de janeiro de 2015

Igreja de São Pedro de Tarouca







Cronologia

1163 - primeira referência à igreja; séc. 13 / 14 - data da construção do actual edifício, sobre um anterior; 1321, 4 Junho - o Mosteiro de Salzedas pagava à Sé de Lamego 40 libras pelos direitos que detinha sobre a Igreja de São Pedro; séc. 16 - aparecimento da capela funerária; séc. 17 - provável data de alteração das fachadas e execução dos janelões rectangulares de perfis angulares; feitura dos altares de talha; 1714, 24 Dezembro - contrato entre a Colegiada e o entalhador Francisco Rebelo para a execução do forro, retábulo-mor e respectiva tribuna, semelhantes às de São Martinho de Mouros; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Cristóvão Luís de Meneses, é referido que a povoação pertence ao Conde de Tarouca, possuindo uma igreja dedicada a São Pedro com quatro altares, o mor com o Santíssimo, o do Senhor do Pranto, de Nossa Senhora do Rosário e o de Santa Bárbara, particular; possui quatro confrarias, a do Senhor do Pranto, Nossa Senhora do Rosário, de São Pedro e do Menino Jesus; o pároco é reitor, apresentado pelo abade de Salzedas, possuindo oito beneficiados, apresentados pelo mesmo; 2001, 16 Janeiro - lançamento do concurso pela Câmara Municipal de Tarouca, para requalificação da zona envolvente do imóvel, com remoção e implementação de novos arruamentos e passeios, execução da rede eléctrica e iluminação pública, remodelação da rede de abastecimento de águas, esgotos e de águas pluviais.

In monumentos.pt

sábado, 3 de janeiro de 2015

Casa de Corvos À Nogueira, Santos Evos, Viseu


Fotografia da Autoria de JFAALmeida. 
Partilhada em PANORAMIO

Escudo de fantasia sob coronel de nobreza.
Esquartelado: I - Castelo-Branco? (Silva?...). II - Melo. III - Cardoso. IV - Oliveira.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Jazigo da família Horta e Costa no cemitério do Estoril.



Escudo sob coronel de barão e timbre de Sousas senhores do Prado.
Esquartelado: I - Sousa do Prado. II - Almeida. III - Macedo. IV - Vasconcelos.

Pedra de armas da família Ribeiro Ferreira no cemitério do Estoril.

Escudo sobre elmo e timbre, ornado de paquife.
Partido: I - Barbuda. II - Cortado: 1 - Ferreira. 2 - Ribeiro.

Jazigo dos Condes das Galveas - Estoril



Escudo sob coroa de conde e timbre de Almeidas.
Esquartelado: I - Almeida. II - Portugal. III - Lobo. IV - Partido: 1- Melo. II - Castro.

Jazigo do Dr. Francisco José de Morais Sarmento dos Santos Lucas Bustorff, Estoril.




Armas de Morais.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Pelourinho de Pombeiro da Beira.


 Escudo partido de Cunhas e Albuquerques.


Antigas armas municipais

O Pelourinho de Pombeiro da Beira foi destruído, ignorando-se durante muitos anos o paradeiro das suas pedras. Recentemente a Junta de Freguesia recuperou o fuste e o remate que se encontrava numa empena da Capela de Santo António na mesma freguesia e reconstituiu o Pelourinho que ostenta as armas dos Cunhas antigos senhores de Pombeiro da Beira.

Capela de Stº António - Pombeiro da Beira.



Escudo partido: I - Cunha. II - Albuquerque.

Casa dos Viscondes de Sanches de Frias - Pombeiro da Beira.


Busto e escudo em cartela em forma de livro, sob coronel de visconde.
Armas plenas de Frias

Casa onde nasceu o visconde de Sanches de Frias.



Capela de Nª Srª do Loureiro e epígrafe latina - Pombeiro da Beira




LOVESIVS/
 PVCCI F(illius) SIBI/
ET BOVTIAE/ 
FILIAE SVAE/ 
ANNORV(m) XI F(aciendum) C(uravit)

Igreja Matriz de Oliveira do Hospital


 Cruz da Ordem de Malta.




 Cruz da Ordem de Malta



 Cruz da Ordem de Malta

 O LICENCIADO MELCHIOR FERNANDEZ COM SVA MOLHER
FEZ ESTA CAPELA NO ANO DE 1571 A QVAL 
DOTARAM COM OBRIGAÇÃO DE HVMA
MISA DAS CHAGAS COM COMEMORAÇÃO
A VIRGEM MARIA E SÃO BRAS E DOVS
RESPONSOS POR SVAS ALMAS DE TODOS
A QVE SÃO EM ALGUMA OBRIGAÇÃO CA
DA SESTA FEIRA PERA SEMPRE COMO SE
CONTEN NA ISTITVIÇÃO QVE TEM O
ADMINISTRADOR QVE SE ACHARA NO
CARTORIO DA SE DE COIMBRA.
 Cruz de Malta e marca de canteiro.


 Capela da Senhora da Graça

(...)/
(...)/
ESTA CAPELLA MANDOV FAZER IORGE DE FA
RIA GARCES FIDALGO DA CASA DE SUA
MAGESTADE NO ALTAR MANDOV POR A IMAGEM
DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA NELE SE DERAM 24
MISSAS DAS CHAGAS EM SESTA FEIRA 24 DE NOSSA SENHORA
AO SABADO E 12 DE (...) SESTA FEIRA DE CADA MES

 Escudo esquartelado sobre elmo, ornado de paquife.
Esquartelado: I - Faria?. II - Garcez?. III - Oliveira?. IV - Machado.
de Jorge de Faria Garcez.


Capela dos Ferreiros
 Túmulos e jacentes de Domingos Joanes e Domingas Sabachais.
 
Estátua do Cavaleiro.

Adossada à barroca igreja matriz de Oliveira do Hospital, a capela dos Ferreiros é um dos mais importantes espaços funerários góticos nacionais, pela relevância das obras que encerra, mas também por ser das poucas capelas sepulcrais baixo-medievais de iniciativa privada que se conservou até aos nossos dias.
Ela ficou a dever-se a Domingos Joanes, ao que tudo indica um nobre de ascendência obscura, neto de D. Chavão e que terá feito fama em guerras por terras de França (HALL, 1998, p.124). As semelhanças do seu brasão com o de Bartolomeu Joanes, rico burguês da cidade de Lisboa, que se fez sepultar em capela própria na Sé da capital, tem levado alguns autores a considerar Domingos Joanes como um homem oriundo de uma família nobre recente (BARROCA, 2000, p.1631, cit. José Mattoso), cuja vontade de legitimar a sua promoção social ficou bem expressa no conjunto escultórico que encomendou para a capela. Por outro lado, uma desaparecida lápide referia-o como "cavaleiro de Oliveira", facto que, a juntar ao estatuto de seu avô como governador das terras de Seia, permite perceber a escolha deste nobre por Oliveira do Hospital para sua última morada. Com ele, sepultou-se sua mulher, D. Domingas Sabachais, uma figura igualmente mal documentada da nossa história medieval.
A capela é um espaço rectangular mal iluminado e cujas características construtivas revelam a manutenção dos arcaísmos com que a arquitectura gótica portuguesa (em particular a do reinado de D. Dinis) é maioritariamente avaliada. "Com pouco mais de 6,50m por 3,50m, e uma cobertura de berço quebrado e contínuo" (DIAS, 1994, p.98), é uma massa edificada compacta, com grandes silhares de granito e iluminada por dois pequenos óculos quadrilobados, abertos na fachada lateral Sul. Uma fresta, localizada axialmente no alçado do lado nascente, iluminaria originalmente o espaço, mas a posterior ligação Sul à igreja determinou a perda de função deste elemento.
Durante muito tempo, considerou-se ser obra de 1279 (de acordo com aquela inscrição apenas vistas por Coelho Gasco no século XVII), um dado que faria desta obra uma das mais antigas capelas funerárias nacionais (CORREIA e GONÇALVES, 1952). No entanto, estudos mais recentes vieram questionar esta datação, assumindo-se o ano de 1341 (Era de 1379) como o mais provável (BARROCA, 2000, pp.1627-1628).
Se, arquitectonicamente, a capela dos Ferreiros pode ser considerada mais uma de tantas construções arcaizantes levantadas entre os séculos XIII e XIV, o notável conjunto escultórico do seu interior revela uma actualidade de gosto e um desafogo económico pouco comum no panorama nacional da primeira metade do século XIV. Dois túmulos, uma estátua de um cavaleiro e um retábulo, são o mais completo conjunto escultórico gótico português, e uma das obras maiores de um incontornável escultor aragonês estabelecido no nosso país a partir do casamento de D. Dinis com D. Isabel de Aragão: Mestre Pero.
Os dois jacentes foram figurados em decúbito lateral, composição muito pouco comum no panorama da tumulária nacional (BARROCA, 2000, p.1629), sendo a iconografia escolhida por Domingos Joanes característica da Nobreza trecentista, com espada e lebreu aos pés. Este conteúdo senhorial é ainda reforçado pela estátua de cavaleiro, representado como participante de um torneio medieval e não em contexto de guerra, numa clara intenção de "sublinhar a dimensão ideal da cavalaria" e do seu estatuto de nobre (FONSECA, 1992, p.170). O jacente de Domingas Sabachais é igualmente comum às damas nobres, com cabeça coberta por véu e um pequeno cão aos pés, mas simbolicamente menos afirmativo que o de seu marido. O retábulo destinou-se a reforçar o programa de afirmação pessoal e social, na medida em que a Virgem com o Menino é ladeada por duas figuras menores, representando os doadores, no fundo, Domingos Joanes e Domingas Sabachais que, desta forma, se autonomizaram dos seus túmulos terrenos e passaram a figurar no reino dos céus.

in: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70671/

Há uns tempos publiquei a imagem da estátua do cavaleiro de Oliveira do Hospital que se encontra no museu Machado de Castro em Coimbra. De facto, quando olhamos para as duas estátuas é-nos impossível perceber qual é a verdadeira e qual é a cópia. Parece que em 1911, a estátua foi transportada para uma exposição no Museu Machado de Castro, e  foi feita uma cópia pelo estatuário João Machado, por ordem de António Augusto Gonçalves.
Agora, como não poderia deixar de ser, há quem diga que a original é a que está em Coimbra, mas também há quem afirme que a original voltou para Oliveira do Hospital. A resposta a esta questão parece estar bem guardada nos arquivos do museu Machado de Castro em Coimbra...