segunda-feira, 2 de junho de 2014

CASTELO DE NUMÃO

























CRONOLOGIA:

Época Neolítica - identificação de achados avulsos (J. A. P. Ferreira); época pré-romana - hipotética existência de castro lusitano; época romana - hipotética localização da cidade de Numancia; referência a inscrições romanas (P. Leal) hoje não identificadas; séc. 10 / 11 - era uma praça forte num território praticamente despovoado; 960 - no testamento de D. Flâmula vem referido o castelo, recomendando-se a sua venda para os rendimentos serem aplicados no resgate de cativos, apoio aos peregrinos e mosteiros; foi doado ao Convento de Guimarães; 997 - o castelo é conquistado pelos muçulmanos; 1030 - terá sido arrasada pelos irmãos Tedom e Rausendo Ramires, ficando semi-ermada; 1055-56 - D. Fernando Magno reconquista o castelo; 1059 - o castelo surge referido nos bens pertencentes ao Mosteiro de Guimarães; 1128 - foral outorgado pela Coroa; 1130 - doação a Fernão Mendes de Bragança, casado com D. Sancha, irmã de D. Afonso Henriques, que concedeu carta de foral (referida como Civitate Noman) e mandou (re)edificar o castelo, o qual seguia o modelo de Salamanca / Numão; o território do concelho englobava quase todas as freguesias do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa; 1148 - a administração religiosa da povoação pela diocese de Braga é confirmada pelo Papa Eugénio II; 1189 - D. Sancho I terá mandado restaurar as muralhas e construir a torre de menagem, esta construção ficou registada numa inscrição hoje desaparecida *2 ; séc. 13 - doação temporária a Abril Peres no reinado de D. Sancho II; feitura de imaginária para a Igreja de Santa Maria; 1247 - era tenente D. Afonso Lopes de Baião; 1265, Outubro - confirmação do foral por D. Afonso II; 1285, 27 Outubro - confirmação do foral por D. Dinis; provável reconstrução do castelo; 1291 - a povoação tinha tabelião, que pagava ao rei 3 libras; 1302 - o monarca doa o padroado da Igreja de Santa Maria e das suas anexas ao bispado de Lamego; 1320 - a Igreja surge referida no rol das igrejas *2; 1373 - era alcaide-mor Vasco Fernandes Coutinho, de Marialva; a alcaidaria-mor permaneceu na Casa dos Condes de Marialva até ao reinado de D. João III; 1436 - instituição de couto de homiziados por D. Duarte; 1512, 25 Agosto - concessão de foral novo por D. Manuel; era comenda da Ordem de Cristo; 1527 - no Cadastro da População do Reino, surge referido que a povoação tinha 15 habitantes intra-muros, surgindo 41 nos arrabaldes; 1568, Abril - o alcaide-mor, Diogo Cardoso, habitava em Freixo de Numão, começando a decadência da povoação; séc. 17 - foi integrado no concelho de Freixo de Numão; séc. 18 - progressiva ruína do castelo, o aglomerado não se consolidou intramuros, onde se deveria localizar a casa da câmara e pelourinho, mas transformou-se numa paróquia rural na área sobranceira; Numão integrava o termo do concelho de Freixo de Numão; a cerca muralhada possuiria 15 torres; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que está no termo de Freixo de Numão e tinha 134 fogos; 1758, 20 Junho - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco António Vaz Dias, de Freixo de Numão, é referido que a povoação integrava o termo de Freixo de Numão, com 80 vizinhos; 1798-99 - Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo refere que o castelo se encontra praticamente arruinado e que na porta "que fica ao Poente" estava gravada uma inscrição que transcreve.*3; 1873 - a povoação foi integrada no concelho de Vila Nova de Foz Côa; 1927 - referência a uma inscrição a ladear a porta O., com a data "1189"; 1940, 17 Fevereiro - edifício afecto à Junta de Freguesia por decreto ministerial; 1953 - a cisterna encontrava-se entulhada.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3004

CAPELA DE SANTA TERESA - Numão




"ESTA CAPELA MADOV FAZER O LO P. NE
 ROIZ MOVTA Q VINCVLA TODOS SEOS BE
 NS COM 25 MISSAS E 3 ALQ DE CENTEIO A 1710"


Escudo sob elmo e timbre de Tavares, adornado de paquife.
Partido: I - Tavares. II - Vasconcelos.

SOLAR DOS DONAS-BOTTO / CASA DO SENHOR DO CRUZEIRO - Muxagata







Escudo em cartela de concheados, sob elmo e timbre de Sousas.
Esquartelado: I - Sousa (de Arronches). II e III - Boto. IV - Telo (de Menezes).
Diferença: Brica carregada de uma estrela de seis pontas.

Domingos de Sousa Telo de Távora Boto.
 - Provedor da Santa Casa da Misericórdia de S. J. Pesqueira.
 - Fidalgo de Cota de Armas (28.6.1748), com Brasão concedido por D. João V, registado no livro 12 do registo dos Brasões da Nobreza de Portugal a fls.76, para Sousas (de Arronches), Távora, Boto e Telo.

Seu filho, Miguel Carlos António de Sousa Donas-Boto, foi Senhor da Casa do Cruzeiro-Muxagata.

PELOURINHO DE MUXAGATA






CRONOLOGIA:

960 - referida no testamento de D. Flâmula Rodrigues como Uacinata; 1145 - integrava o termo de Longroiva, pertença da Ordem do Templo; 1321 - era uma comenda da Ordem de Cristo, pagando 100 libras; 1328 - Inquirições de D. Dinis referem que foi herdamento de Fernão Mendes de Bragança, tendo sido doada à Ordem dos Templários, juntamente com Longroiva, integrando o termo deste concelho; séc. 14 - hipotética concessão de carta de foral pela Ordem de Cristo; desde a sua doação aos Templários teria autonomia administrativa mas não jurídica (SÁ-COIXÃO); 1357, 30 Abril - comunicação a Muxagata do foral dado a Sernancelhe em 1124 por Egas Gozendes e João Viegas, hipotética concessão de carta de foral por D. Afonso IV (LEAL, P.); 1518 - concessão de carta de foral por D. Manuel, com referência a foral antigo dado pela ordem de Cristo, provável edificação do pelourinho; 1358, 14 Maio - confirmação do concelho por D. Pedro; séc. 14, final - a povoação foi anexada a Marialva; séc. 15 - D. Afonso V restaurou o concelho; 1519, 20 Dezembro - D. Manuel dá-lhe foral; séc. 17 - era Comenda de Santa Maria Madalena da Ordem de Cristo, doada a D. António de Ataíde, que recebia 800$000 de rendimento; 1708 - a povoação, com 250 vizinhos, pertence à Comenda de Longroiva; 1758, 20 Junho - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Frei Jacinto Tavares, é referido que a povoação tem 200 casas; 1820 - D. Maria Francisca de Mendonça Corte Real era proprietária da Comenda; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Vila Nova de Foz Côa.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1523

IGREJA PAROQUIAL DE MUXAGATA / IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA









Escudo quinhentista com armas plenas de Melo ou Almeida.

CRONOLOGIA:

1145 - Fernão Mendes de Bragança doou Longroiva à Ordem do Templo, em cujo território se situava a actual freguesia de Muxagata; 1311 - extinção da Ordem do Templo; 1319 - passa a integrar o território da Ordem de Cristo; 1320 - a paróquia de Santa Maria de Muxagata é taxada com a elevada quantia de 300 libras, a que ainda se somaram 100 da respectiva comenda; séc. 16, início - aparece referida com o orago de Santa Maria Madalena; 1507, 2 Novembro - o visitador da Ordem de Cristo, D. João Pereira, constantando que a igreja tinha por orago Santa Maria Madalena, tendo por capelão Luís Anes, com carta do bispo de Lamego e pago pelo comendador; ordenou que fosse feito um cálice de prata, pelo menos com marco e meio, um arcaz na parede do Evangelho da capela-mor, que se elevasse a capela-mor um degrau; ordenava aos fregueses que fizessem um sino e um campanário de pedra, o que, a não ser cumprido, implicava o pagamento de multa que reverteria para as obras do convento de Tomar; na visitação, consta uma descrição da igreja *1; 1519, 20 Dezembro - Muxagata teve foral novo outorgado por D. Manuel; séc. 17, 2º quartel - a igreja sofreu profundas alterações, que levaram, gradualmente, ao desaparecimento das pinturas murais; séc. 18 - execução dos caixotões da capela-mor; 1733 - num tombo desta data regista-se o seguinte: "tem o altar mor com seu retablo dourado muyto antigo" (SOALHEIRO, 2000, p.55); 1758 - no Dicionário Geográfico, refere-se que se situava no meio da vila e que tinha dois altares colaterais, dedicados a Nossa Senhora do Rosário e ao Santíssimo Nome de Jesus; tinha três arcos com o da capela-mor; possuía duas Irmandades, a dos Santos Passos e a das Almas; séc. 18, final - segundo um livro de visitações, a igreja carecia de retábulo-mor, que devia ser levantado a título de padroado o Chantre de Lamego reitera a necessidade de retábulo novo; 1834 - aquisição de um retábulo-mor setecentista *2, provavelmente oriundo de uma casa franciscana da região, atendendo à presença dos bustos relevados de Santa Clara e São Francisco que encimam o camarim do trono; é possível que venham do Convento de São Francisco de Trancoso *2; 1836 - Muxagata foi anexada ao Concelho de Vila Nova de Foz Côa; séc. 20, 1.ª década - o espaldar do retábulo colateral do lado do Evangelho desapareceu num incêndio; 1956 - data existente na fachada principal, indiciando uma intervenção; séc. 20, último quartel - transferência do retábulo neogótico, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, para a Capela de São Sebastião (v. PT010914100142); 1999- as tábuas quinhentistas que se incorporam no retábulo-mor integraram a Exposição "Percursos de Eternidade", realizada no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Nova de Foz Côa, tendo sido restaurados nesta data; 2004, Julho - foi efectuada a encomenda de vitrais para as janelas.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Igreja quinhentista, conservando elementos arquitectónicos desse momento construtivo, como a nave única com três tramos definidos, exteriormente, pelos contrafortes e, interiormente, por arcos diafragma. Sofreu várias modificações, sendo as mais importantes as que se verificaram no século 16, visíveis na fachada principal, que conserva o pórtico classicista e é encimada por campanário de três sineiras, cuja cornija remata com uma laçaria manuelina, apresentando afinidades com a fachada da Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa (v. PT010914170001). A cabeceira apresenta, na esquina direita e em plano elevado, um brasão de cantaria partido e terciado em faixa, inscrevendo seis escudetes. No interior, mantém o púlpito renascentista sextavado. As alterações do século 17 levaram ao desaparecimento das pinturas murais que cobriam o seu espaço interior e rasgaram janelas em capialço. A capela-mor apresenta decoração barroca setecentista, com tecto de caixotões pintados com decoração hagiográfica franciscana e retábulo-mor em talha dourada do estilo nacional, oriundo de uma casa franciscana da região. Este retábulo integra um par de tábuas quinhentistas, de proveniência desconhecida, representando uma "Adoração dos Magos", inspirada nas gravuras de Martin Schongauer ou de Schauffeir, e um "Baptismo de Cristo", baseado em gravura de Cornelis Cort.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1351

FONTE CONCELHÃ - Muxagata



ANO DE CRISTO DE
 1576 POr  MandaDO
 DO LicenciaDO BRAS DE FIGVEI
 REDO DE CASTELO BRANQVO  C. O. P.


Brás de Figueiredo Castelo Branco -
  • Legitimado por carta real 01.01.1542
  • Bacharel em leis (28/07/1560)
  • Chanceler e Desembargador do Porto (chancelaria D Filipe I, 18,126)
  • Corregedor de Coimbra (ib, 7, 2831)
  • Senhor da quinta de Gondomar, em Penalva
  • Escudeiro-Fidalgo da Casa Real, em 1560