segunda-feira, 2 de junho de 2014

IGREJA PAROQUIAL DE MUXAGATA / IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA









Escudo quinhentista com armas plenas de Melo ou Almeida.

CRONOLOGIA:

1145 - Fernão Mendes de Bragança doou Longroiva à Ordem do Templo, em cujo território se situava a actual freguesia de Muxagata; 1311 - extinção da Ordem do Templo; 1319 - passa a integrar o território da Ordem de Cristo; 1320 - a paróquia de Santa Maria de Muxagata é taxada com a elevada quantia de 300 libras, a que ainda se somaram 100 da respectiva comenda; séc. 16, início - aparece referida com o orago de Santa Maria Madalena; 1507, 2 Novembro - o visitador da Ordem de Cristo, D. João Pereira, constantando que a igreja tinha por orago Santa Maria Madalena, tendo por capelão Luís Anes, com carta do bispo de Lamego e pago pelo comendador; ordenou que fosse feito um cálice de prata, pelo menos com marco e meio, um arcaz na parede do Evangelho da capela-mor, que se elevasse a capela-mor um degrau; ordenava aos fregueses que fizessem um sino e um campanário de pedra, o que, a não ser cumprido, implicava o pagamento de multa que reverteria para as obras do convento de Tomar; na visitação, consta uma descrição da igreja *1; 1519, 20 Dezembro - Muxagata teve foral novo outorgado por D. Manuel; séc. 17, 2º quartel - a igreja sofreu profundas alterações, que levaram, gradualmente, ao desaparecimento das pinturas murais; séc. 18 - execução dos caixotões da capela-mor; 1733 - num tombo desta data regista-se o seguinte: "tem o altar mor com seu retablo dourado muyto antigo" (SOALHEIRO, 2000, p.55); 1758 - no Dicionário Geográfico, refere-se que se situava no meio da vila e que tinha dois altares colaterais, dedicados a Nossa Senhora do Rosário e ao Santíssimo Nome de Jesus; tinha três arcos com o da capela-mor; possuía duas Irmandades, a dos Santos Passos e a das Almas; séc. 18, final - segundo um livro de visitações, a igreja carecia de retábulo-mor, que devia ser levantado a título de padroado o Chantre de Lamego reitera a necessidade de retábulo novo; 1834 - aquisição de um retábulo-mor setecentista *2, provavelmente oriundo de uma casa franciscana da região, atendendo à presença dos bustos relevados de Santa Clara e São Francisco que encimam o camarim do trono; é possível que venham do Convento de São Francisco de Trancoso *2; 1836 - Muxagata foi anexada ao Concelho de Vila Nova de Foz Côa; séc. 20, 1.ª década - o espaldar do retábulo colateral do lado do Evangelho desapareceu num incêndio; 1956 - data existente na fachada principal, indiciando uma intervenção; séc. 20, último quartel - transferência do retábulo neogótico, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, para a Capela de São Sebastião (v. PT010914100142); 1999- as tábuas quinhentistas que se incorporam no retábulo-mor integraram a Exposição "Percursos de Eternidade", realizada no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Nova de Foz Côa, tendo sido restaurados nesta data; 2004, Julho - foi efectuada a encomenda de vitrais para as janelas.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Igreja quinhentista, conservando elementos arquitectónicos desse momento construtivo, como a nave única com três tramos definidos, exteriormente, pelos contrafortes e, interiormente, por arcos diafragma. Sofreu várias modificações, sendo as mais importantes as que se verificaram no século 16, visíveis na fachada principal, que conserva o pórtico classicista e é encimada por campanário de três sineiras, cuja cornija remata com uma laçaria manuelina, apresentando afinidades com a fachada da Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa (v. PT010914170001). A cabeceira apresenta, na esquina direita e em plano elevado, um brasão de cantaria partido e terciado em faixa, inscrevendo seis escudetes. No interior, mantém o púlpito renascentista sextavado. As alterações do século 17 levaram ao desaparecimento das pinturas murais que cobriam o seu espaço interior e rasgaram janelas em capialço. A capela-mor apresenta decoração barroca setecentista, com tecto de caixotões pintados com decoração hagiográfica franciscana e retábulo-mor em talha dourada do estilo nacional, oriundo de uma casa franciscana da região. Este retábulo integra um par de tábuas quinhentistas, de proveniência desconhecida, representando uma "Adoração dos Magos", inspirada nas gravuras de Martin Schongauer ou de Schauffeir, e um "Baptismo de Cristo", baseado em gravura de Cornelis Cort.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1351

FONTE CONCELHÃ - Muxagata



ANO DE CRISTO DE
 1576 POr  MandaDO
 DO LicenciaDO BRAS DE FIGVEI
 REDO DE CASTELO BRANQVO  C. O. P.


Brás de Figueiredo Castelo Branco -
  • Legitimado por carta real 01.01.1542
  • Bacharel em leis (28/07/1560)
  • Chanceler e Desembargador do Porto (chancelaria D Filipe I, 18,126)
  • Corregedor de Coimbra (ib, 7, 2831)
  • Senhor da quinta de Gondomar, em Penalva
  • Escudeiro-Fidalgo da Casa Real, em 1560

Muxagata - Vila Nova de Foz Côa
















Igreja Matriz de Murça do Douro






Pelourinho de Moreira de Rei




960 - a povoação é referida na doação de D. Flâmula ao Mosteiro de Guimarães; séc. 12 - concessão de carta de foral ( sem data ) por D. Afonso Henriques; pertenceu a Fernão Mendes de Bragança, mas após a sua morte reverteu para a coroa; 1217 - confirmação do foral por D. Afonso II; reinado de D. Sancho II - doação de trinta casais do termo do concelho a Fernão de Soveral; 1247 - local de acolhimento de D. Sancho II, já deposto, antes da sua partida para o exílio; 1512 - concessão de foral novo por D. Manuel e provável edificação do pelourinho; 1527 - no Cadastro da População do Reino, são referidos 428 habitantes; 1706 - couto da Coroa, privilegiado das tábuas vermelhas de Nossa Senhora da Oliveira, com 170 vizinhos; tem juiz ordinário e dos órfãos, eleitos pela população de três em três anos, 2 vereadores, um procurador, meirinho, eleito anualmente, e um escrivão; o rei nomeia almotacé, distribuidor, inquiridor e contador; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Trancoso. Subsiste a antiga Casa da Câmara e Cadeia, depois transformada em escola primária, e a referência toponómica ao lugar das Forcas.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1518

IGREJA PAROQUIAL DE MOREIRA DE REI / IGREJA DE SANTA MARIA





















1217 - Moreira de Rei recebeu o seu primeiro foral no reinado de D. Afonso II; séc. 14 / 15 - provável data de construção do primitivo templo; 1512 - D. Manuel I renova o foral, tendo na altura o censelho as paróquias de Santa Marinha, Santa Maria de Moreira de Rei, Espírito Santo de Moreirinhas, Nossa Senhora da Conceição de Valdujo, Santo André de Cótimos, Nossa Senhora da Graça da Castanheira, São Martinho do Terrenho e Nossa Senhora das Dores de Torre do Terrenho; séc. 16 / 17 - provável data de ampliação do templo primitivo; séc. 18 - era abadia do padroado real, constituindo com a Igreja de Santa Marinha, as duas paróquias da povoação; 1735 - o pedreiro Manuel Lourenço arrematou a obra de reforma da abadia e residência paroquial.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=27003

Igreja de Santa Marinha de Moreira de Rei








CRONOLOGIA
Época medieval - provável organização da necrópole, coeva de igreja anterior, de menores dimensões (BARROCA, 1991); 1148 - a administração religiosa da povoação pela diocese de Braga é confirmada pelo Papa Eugénio II; séc. 12 / 13 - hipotética construção do templo, dedicado a Santa Marinha e localizado intramuros; 1320 - taxação em 120 libras; 1516 - instituição da comenda da Ordem de Cristo; séc. 18 - vigairaria do padroado real, constituindo com a Igreja de Santa Maria, abadia do padroado real, as duas paróquias coevas da povoação; 1735 - o pedreiro Manuel Lourenço arrematou a obra da abadia e residência paroquial; 1853 - visita de Alexandre Herculano, encontrando-se sem cobertura e abandonada; 1970 / 1975 - utilização do imóvel pelo Grupo Recreativo de Moreira de Rei para realização de espectáculos teatrais; apresentaria azulejos hispano-árabes no interior (TEIXEIRA, 1982); 2001 - reconstrução do campanário pela DGEMN.


CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Implantação sobre necrópole de sepulturas escavadas na rocha. Presença das medidas-padrão do côvado e do palmo gravadas no portal principal. Mísulas nos alçados laterais registam anterior existência de alpendres. Arco triunfal decorado com canais e meias-esferas.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2993