Escudo de fantasia sob elmo e timbre:
Esquartelado: I - Almeida II - Sequeira. III - Pinto. IV - Silva
CBA passada a João Pinto de Sousa e Silva, a 21-03-1757.
(Fonte: Gonçalves, Eduardo Osório - "Raízes da Beira", Vol I, Dislivro Histórica, Lisboa, 2006, p.459)
Características Particulares
Casa solarenga, transformada em museu, composta por dois corpos adossados, o principal destinado aos proprietários e o secundário às dependências de apoio e aos serviçais, possuindo, ainda, vestígios do primitivo jardim formal, actualmente transformado em espaço público, composto por canteiros de buxo em forma de pétala. O edifício principal possui tratamento mais cuidado, tendo vãos em arco abatido na fachada principal e rectilíneos na posterior, onde se desaca a janela do salão nobre, de sacada, com moldura recortada e encimada por cornija curva. As janelas da fachada principal têm molduras recortadas, criando falsos aventais e pingentes, rematadas por pequeno friso em forma de toro e concha. A antiga fachada lateral direita do corpo principal foi demolida, entaipando-se alguns vãos e criando uma varanda alpendrada, para onde abrem ambos os corpos. No interior, destaca-se a existência de janelas conversadeiras em todos os aposentos e uma lareira ampla, em cantaria, que marca a existência da primitiva cozinha.Cronologia
Séc. 18 - construção do imóvel; 1882, 13 Abril - D. Luís, por decreto, outorga a Delfim Deodato Guedes o título de Conde de Almedina; 1906, 9 Maio - D. Carlos, por decreto, outorgou a António Homem Machado Abreu Castelo Branco o título de Conde de Vinhó; 1950 - criação do Museu Municipal de Gouveia, por iniciativa do Dr. Manuel Augusto Tavares Ferreira, com a finalidade de reunir elementos dispersos, desde peças arqueológicas, imaginária, armaria, pintura e numismática; séc. 20, anos 80 - a Câmara Municipal adquire o imóvel; 1980, Fevereiro - Estudo prévio da envolvente do Palácio dos Condes de Vinhó no âmbito da sua adaptação a museu, pela equipe do Prof. Francisco Caldeira Cabral *2. O estudo prevê um zonamento do espaço, definindo áreas funcionais como: entrada principal, zona de estar, jardim formal, esplanada-museu, zona de convívio e parque de estacionamento automóvel. Segundo este, "os jardins além de servir de enquadramento do edifício do museu será uma extensão do museu ao ar livre, servirá ainda para repouso e lazer e ainda será ponto de passagem dos habitantes da vila", comentando também "no muro adaptou-se a construção tradicional em pedra seca, rústica ou aparelhada, conforme as circunstâncias, por ser a que melhor se integra no jardim"; 1981, Maio - projecto de execução dos espaços exteriores do museu onde afirma " Manter uma parte do antigo jardim, restaurando com jardim de buxo, característico das casas da região, melhorou-se uma zona de estar e criaram-se zonas de acesso e de passagem com uma expressão mais adaptada à função dos nossos dias". O projecto foi apenas parcialmente executado já que os planos de plantação foram adulterados; 1982 - morte do pintor Abel Manta *3; 1983 - reinstalação do espólio do museu municipal no imóvel, que sofreu obras para esse fim, que foi baptizado como Museu de Abel Manta; 1985, Fevereiro - inauguração, com exposição de várias obras de Abel Manta, doadas pelo filho, o arquitecto João Abel Manta.in: monumentos.pt