segunda-feira, 2 de junho de 2014

Castelo de Longroiva








[IN E]RA MCCXII( =ano1174) MAGISTER GALDINUS CONDUTOR PORTUGALENSIUM MILITUM TEMPLI REGNA[NT]E ALFONSO PORTUGALENSIUM REGE CUM MILITUBUS SUIS EDIFICAVIT HANC TURRIS; 

Tradução: Na era de César de 1214 anos, Gualdim, chefe dos cavaleiros portugueses do Templo, mandou edificar esta torre com os seus soldados, reinando Afonso Rei de Portugal".








Época pré-romana - castro da tapada de Longroiva, situado no cabeço onde se ergue o castelo, com ocupação desde o eneolítico, documentada pelo achado de necrópole e machados de anfibolite, restos de cerâmica, escórias de ferro e de estanho, fusaiolas; séc. 2 / 4 d.C. - romanização do castro e fixação da povoação, que se denominaria a Longóbriga, na parte mais baixa (Veiga de Longroiva), documentada por vários achados: denários de 79 a.C., alicerces de casas, fornos, mós de moinho, mosaicos, capitéis, tegula; era atravessada pela estrada militar proveniente de Marialva; época visigótica - matriz do Bispado de Lamego; 960 - no testamento de D. Flâmula vem referido o castelo, recomendando-se a sua venda para os rendimentos serem aplicados no resgate de cativos, apoio aos peregrinos e mosteiros; foi doado ao Convento de Guimarães; 997 - foi tomado por Almançor; 1059 - reconquistada por Fernando Magno de Leão; séc. 12 - repovoamento pelo Conde D. Henrique; 1124 - data provável da concessão de foral por D. Teresa; 1126 - data provável da concessão de foral ou carta de povoamento por Egas Gosendes; 1145, antes - existia como concelho, particular, na posse da Ordem do Templo, por doação de Fernão Mendes de Bragança, casado com uma irmã de D. Afonso Henriques, a infanta D. Sancha Henriques; incluía a povoação de Muxagata; 1174 - construção da Torre de Menagem com hurdício a mando de D. Gualdim Pais, Mestre da Ordem dos Templários como informa a epígrafe gravada em três silhares na fachada O.; 1220 - confirmação do foral por D. Afonso II; séc. 13 - a vila pagava anualmente à Sé de Lamego 10 móios de centeio e 10 de vinho; 1304 - confirmação do foral por D. Dinis, que terá executado obras no castelo; 1319 - transferência para a Ordem de Cristo; 1496 - na Inquirição, é referida a existência de 73 habitantes; 1507, 25 Outubro - visitação de Frei João Pereira, da Ordem de Cristo, ao Comendador Frei Garcia de Melo *1, que executou benfeitorias no castelo, onde existiam os seus aposentos; 1510 - concessão de foral por D. Manuel; séc. 16 - torre de dois pisos e edifício que constituía os aposentos do Comendador, de dois andares com cinco divisões em cada, com chaminés em tijolo e forro interno de madeira, a que se adossavam casa de hóspedes, cozinha com forno, celeiro e estrebaria; 1527 - no Numeramento, existe a referência a 140 habitantes; 1733 - casas de residência do comendador encontravam-se destelhadas e em ruína, a cisterna entupida, o castelo sem portas, sobrevivendo apenas a torre; séc. 18, último quartel - o castelo começou a ser desmantelado; 1820 - 1843 - num desenho de Carvalho de Magalhães e Vasconcelos (publicado na revista universal Lisbonense, (1844 - 45) são ainda visíveis os troços da muralha da cidadela, que se prolongava para N. da torre de menagem; 1855 - extinção do concelho; séc. 19, fins - transformação do castelo em cemitério; 1952 - descoberta de cisterna e 3 depósitos escavados na rocha, junto à torre de menagem, por A.V. Rodrigues; 1982 - protocolo entre o IPPC e a Assembleia Distrital da Guarda para utilização da torre de menagem como museu e biblioteca; projecto de restauro de A.V. Rodrigues, não executado; 1820 - 1843 - num desenho de Carvalho de Magalhães e Vasconcelos (publicado na revista universal Lisbonense, (1844 - 45) são ainda visíveis os troços da muralha da cidadela, que se prolongava para N. da torre de menagem.

Recinto muralhado transformado em cemitério; ausência de merlões e adarve na muralha; vestígios de adossamento à torre de menagem; a Torre de Menagem possuiu hurdício como denunciam os encaixes talhados nos silhares onde este se apoiava o que a torna o primeiro exemplar da arquitectura militar portuguesa a adoptar este sistema (BARROCA, 2003, pp. 113-114 ); integra duas cisternas;

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6489

Casa na Coriscada, Meda



Armas de Fonseca(?) Tavares (?)

SOLAR DO VISCONDE DA CORISCADA - Coriscada





Séc. 18 - construção do solar; séc. 19, 2.ª metade - pertencia ao industrial Francisco Joaquim da Silva Campos e Melo, a quem foi atribuído o título pelo rei D. Luís.

Pelourinho de Almendra





CRONOLOGIA:

Séc. 07 - referência tradicional ao castro do cabeço de Calábria como povoado primitivo, a qual foi sede de bispado na época visigótica; 960 - referida no testamento de D. Chamôa; séc. 10 / 11 - era uma ponte forte num território praticamente despovoado; 1059 - inumerada entre os bens da Colegiada de Guimarães; 1130 - mencionada no testamentos de Numão dado por D. Fernando Mendes; 1183 - surge referida numa bula de Lúcio III, como sendo da Ordem Militar de São João do Pereiro; 1202 - atribuição incorrecta de carta de foral concedida por D. Sancho I; pertencia ao território leonês; 1209 - concessão de carta de foral a Castelo Melhor, por D. Afonso VII de Leão e da qual Almendra terá beneficiado; 1297 - integração no território português na sequência do Tratado de Alcanices; 1298 - elevada a vila e doada a D. Gil Martins; Castelo Rodrigo protesta por esta elevação a vila, mas D. Dinis apoiou as pretensões de Almendra; 1312 - Castelo Rodrigo apresenta novo protesto, desta vez atendido, passando a integrar o termo daquele concelho; séc. 14, meados - volta a ser concelho autónomo; 1358 - D. Pedro confirma-a como concelho; 1367 - D. Fernando confirma a autonomia da povoação; 1449 - nova confirmação por D. Afonso V, com a designação de concelho de Almendra e Castelo Melhor; 1496 - na Inquirição, é referido que a povoação tinha 204 habitantes; 1510, 1 Junho - concessão de carta de foral por D. Manuel, referindo existência de foral antigo; séc. 16, fins - provável edificação do pelourinho e da casa da câmara; 1660 - pertencia aos alcaides-mores do Castelo de Castelo Melhor; séc. 18 - referência à existência de fortaleza, da qual se desconhecem vestígios, pertencendo a povoação, nesta data, aos Condes de Castelo Melhor; pertencia à comarca de Pinhel, abrangendo a vila subalterna de Castelo Melhor; 1707 - o Condado de Castelo Melhor passou a marquesado; 1758, 17 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco, José Gonçalves da Guerra, é referido que a povoação pertencia ao donatário D. José de Caminha Vasconcelos e Sousa, Faro, Távora e Veiga, Conde de Castelo Melhor, tendo 254 vizinhos; englobava a povoação de Castelo Melhor, com 254 vizinhos; tem juiz ordinário e câmara; 1855, 24 Outubro - extinção do estatuto concelhio e integração no município de Vila Nova de Foz Côa; 1999, 13 Maio - a povoação foi elevada a vila; 2001 - no Censos 2001, existiam 464 habitantes e 428 edifícios.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Pelourinho com o remate decorado por cabeças de anjo, esferas estriadas, encordoado, folhas ou sinuosidades. Esfera armilar de forma alongada.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1526

CASA DOS CONDES DE ALMENDRA - Almendra.





Escudo de fantasia em cartela de concheados, sob elmo e timbre de Caldeiras.
Esquartelado: I - Caldeira. II - Araujo. III - Azevedo. IV - Saraiva mal representado.

Título criado por D. Carlos I, rei de Portugal por decreto de 26-12-1906 a favor de José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda, 1º conde de Almendra

CASA DE ALMENDRA / SOLAR DO VISCONDE DE ALMENDRA / SOLAR DOS VISCONDES DO BANHO - Almendra










CRONOLOGIA
Séc. 16 - Fixação em Portugal da família asturiana Castilhos, com solar em Castilho-Pedroso (Santander), durante o reinado de D. João III; 1674 / 1680 - compra de propriedades em Almendra por António Lopes Castilho (1656 - 1693), filho de António Lopes de Castilho, Capitão-mor da Vermiosa e casado com Teresa de Almeida Cabral Sampaio, da Casa de Celorico *3; 1687 - instituição de vínculo de morgado e Capela de Nossa Senhora do Socorro em Almendra, com as suas propriedades da Vermiosa, Almendra, Vale de Espinho, Gamelas e Algodres; 1743 - início das obras de construção do solar; séc. 18, meados - período mais activo da construção, por iniciativa de Manuel António de Castilho e Távora Falcão Mendonça (1720 - 1796?); este era Fidalgo da Casa Real, Capitão-mor de Almendra e Castelo Melhor e casado com Maria Madalena da Costa Falcão Mendonça *4; 1758 - a construção da casa foi interrompida por ordem do Marquês de Pombal; 1810 - as tropas de Napoleão transformam a casa em Quartel-General e, ao retirarem-se, incendeiam-na, tendo ficado parcialmente destruída; 1870 - criação do Viscondado de Almendra a favor de António de Castilho Falcão Mendonça; 1895 - reconstrução da casa por Júlio Faria de Morais Sarmento, 3º Visconde do Banho; 1897 / 1898, cerca - obras de restauro.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Caracteriza-se pela horizontalidade e profusão decorativa das molduras dos vãos da fachada principal e lateral esquerda que dinamiza a estrutura, acentuado na primeira pelo alteamento do eixo central e esquema dos vãos, com portal de planta côncava. Estas duas fachadas apresentam tratamento diferente, das restantes, com um tratamento mais cuidado e de maior expressão estilística. A fachada S. encontra-se inacabada, indiciando que a casa foi projectada com planta em L e para ter maior envergadura. A fachada principal apresenta pedra de armas com escudo de fantasia vazio. O solar apresenta afinidades com a Casa do Cabo, em São João da Pesqueira (v. PT011815080011), Casa de Nossa Senhora Conceição, em Cedovim (v. PT010914030013), Casa Grande em Freixo de Numão (v. PT010914060012). As janelas da fachada principal têm algumas semelhanças com as do Solar de Lemos, em Vila Flor (v. PT010410170031) e as do Solar dos Pimentéis, em Torre de Moncorvo (v.PT010409160020). A decoração em estuque do interior e respectiva gramática assemelha-se à da Casa da Quinta Judite, em Torre de Moncorvo (v. PT010409160159), e à Casa da Câmara do Comércio Italiana, no Porto.
Destaca-se a bomba das escadas, com janela e portal central do patamar do segundo piso com decoração das molduras igual às do exterior, e algumas salas forradas a tecido.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3001

CASA DOS BORDALOS - Almendra



IGREJA PAROQUIAL DE ALMENDRA / IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS ANJOS - Almendra







CRONOLOGIA
1320 / 1321 - igreja de Santa Maria ou Nossa Senhora dos Anjos pertence ao termo de Castelo Rodrigo; séc. 16 - pintura do retábulo pelo pintor Bastião Afonso; 1523 - construção de uma capela no local; 1523/1524 - Contrato de obrigação feito por Armão de Carvalho, flamengo; para fazer o retábulo da igreja; 1565 - provável re-edificação do templo atendendo à data gravada em medalhão sobre a porta principal, com intervenção do pedreiro Duarte Coelho; 1571 - data de construção de uma das capelas laterais; Séc. 17 / 18 - alterações à construção inicial; 1625 / 1668 - data de construção de duas capelas; 1712 - o Padre Carvalho da Costa refere-a como sendo uma reitoria da apresentação do bispo de Pinhel e comenda da Ordem de Cristo; 1750 / 1758 - data de construção de duas capelas; 1758, 17 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco, José Gonçalves da Guerra, é referido que tem por orago Nossa Senhora dos Anjos, com cinco altares, o mor, o de Nossa Senhora do Rosário, Senhor da Agonia, Santo António e das Almas, tendo três naves por banda; tinha 5 irmandades, de Nossa Senhora dos Casados, Nossa Senhora dos Solteiros, Santo António, Santíssimo e Almas; era uma vigararia de apresentação ordinária, com 150$000 de rendimento; a povoação tinha cinco ermidas, a de Nossa Senhora do Socorro, no adro da igreja, a de São Sebastião, de São Pedro, São Lourenço, a ¼ de légua, e Nossa Senhora do Campo.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Algumas influências das igrejas - fortaleza na estrutura da capela-mor; diferenças construtivas entre a capela-mor e torre e o corpo das naves; capela-mor e torre mais altas do que as naves e rematadas por platibanda e gárgulas de canhão.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5792

CAPELA DO SOCORRO - Almendra


CRONOLOGIA
1625, cerca - provável fundação por Gaspar Sanches de Castilho, reitor de Almendra, que por testamento lhe deixa vinculados os bens que detinha em Almendra, Vilar de Amargo, Vermiosa e Escarigo; séc. 17, 1.ª metade - colocação de escultura na edícula da fachada; séc. 20 - desafeta do culto cristão, teve serventia residencial e de armazém agrícola durante algumas décadas; 2002 - funciona como arrecadação da Fábrica da Igreja Paroquial de Almendra, permanecendo desafeta do culto católico.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Capela de volumetria simples, onde se destaca a fachada principal de expressão maneirista, com portal de dupla arquivolta, a exterior almofadada, repousando sobre pilastras, e enquadrado por falsas pilastras relevadas nos silhares das fachadas, encimadas por entablamento e nicho com imagem, ladeada por aletas e rematado por frontão triangular; cria-se assim uma fachada ritmada, com três dimensões de pilastras.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=15854

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA / CAPELA DE NOSSO SENHOR DOS PASSOS - Almendra.






CRONOLOGIA
1565 - construção da capela pelo mestre Duarte Coelho; 1571 - cronograma inscrito sobre a porta, correspondenteao final da construção do imóvel, pela Santa Casa da Misericórdia local; 1708 - a vila de Almendra tinha "Casa daMisericórdia" (COSTA, 1708, p. 218); 1758, 17 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco, JoséGonçalves da Guerra, é referido que a povoação tem Misericórdia no meio da vila, com uma renda de 10 a 12$000;tinha uma Irmandade dos Passos, muito numerosa e com três missas diárias por sufrágio; 1758- no DicionárioGeográfico refere que se situava no meio da Vila, tinha limitada renda de 10 a 12 réis e estava nela agregada aIrmandade do Senhor dos Passos, com sufrágio de três missas todos os dias e dois aniversários; não possuíahospital; séc. 19 - o Visconde de Banho faz doação do altar-mor neogótico que substitui o altar quinhentista anterior;obras na fachada principal; 1878- data existente no segundo piso do alçado posterior da Casa do Despacho,correspondente à sua construção, tendo sido aproveitada, para o efeito, a estrutura da sacristia preexistente; séc. 20- aplicação de sanca azulejar de fabrico contemporâneo no interior da nave; 1993- a cobertura interiorapresentava-se, ainda, decorada com pinturas (SOUSA) *2; séc. 21- substituição da cobertura interior da nave eaplicação de estuque na capela-mor.
CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
Capela edificada na segunda metade do século 16, onde, de acordo com a denominação e os oragos, deve terfuncionado a extinta Misericórdia da paróquia de Almendra, sendo depois associada à Irmandade do Senhor dosPassos, sendo possível que a casa que se lhe adossa fosse a primitiva Casa do Despacho da mesma instituição.Cronograma fundacional inscrito na fachada principal sob escudo coroado, este oitocentista, e janela de ângulo nafachada principal com coluna toscana, correspondente à denominada "Janela de Pilatos", típica nas igrejas damisericórdia do distrito. A nave é dividida interiormente por uma teia que marca o presbitério. Cobertura dacapela-mor decorada por florão e pequenos anjos em estuque. No interior, conserva o púlpito quinhentista. O corpoanexo, muito simples, encontra-se volumetricamente harmonizado com o da capela, formando com esta uma fachadaprincipal contínua, de empenas distintas. No segundo piso da fachada posterior, o edifício possui cronograma,documentando a sua construção, tendo sido aproveitada, para o efeito, a estrutura da sacristia preexistente, tendoacesso ao andar nobre por escadaria com guardas de cantaria. Presença de pia de água benta granítica nacapela-mor, do lado do Evangelho.

In: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=15849

CASA E CAPELA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES - Souto Maior




segunda-feira, 19 de maio de 2014

Quinta da Boiça, Outeiro de Polima, São Domingos de Rana




 ESTA AGVA HE DE ANTº DE
SOVSA DE MACEDO QUE A CO
MVNICA AO POVO SO EMQ
VANTO FOR SVA VONTADE
SEM QUE POR NENHVM TEM
PO SE POSSA INDVSIR PRE
SCRIPÇÃO OV COSTVME
NEM DIREITO ALGVM

Escudo partido em cartela: I - Sousa (do Prado) dimidiado. II - Macedo.