sexta-feira, 14 de março de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Ex-libris da autoria de Luís Ferros, no 78º aniversário do seu nascimento.
Luís António Gaia de Paiva Raposo Ferros, nascido em Lisboa, São Jorge de Arroios a
29-01-1936, e falecido em Lisboa a 26/01/2012. 3º Conde de Felgueiras por
casamento [1], membro
da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do Instituto Português de Heráldica,
da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Academia Portuguesa de Ex-líbris, sócio
fundador da Academia de Letras e Artes, de Cascais, Comendador de graça, com
placa, da S. M. Ordem Constantiniana de São Jorge de Nápoles e Vice-presidente
da direcção da Associação dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Constantiniana de
São Jorge de Nápoles, Cavaleiro da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de
Jerusalém, e da Ordem de São Maurício e São Lazaro da Casa de Sabóia.
Concluído o curso geral dos liceus, inicialmente vocacionado para o campo das
artes plásticas desenvolveu estudos nesta área. Paralelamente manifestou o
interesse pela Genealogia e pela Heráldica, o que o levou a estudar paleografia
e sigilografia. Exerceu a sua actividade profissional como técnico do Arquivo
Nacional da Torre do Tombo.
Integrou
a Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e o Instituto
Português de Heráldica. Na preparação para a XVII Exposição Internacional de
Arte e Cultura Europeias foi escolhido, como especialista em Heráldica,
para a tarefa da selecção das peças e organização dos catálogos. Em 1987, na
Junta de Turismo da Costa do Estoril, ajudou a organizar a exposição “A
Heráldica nas Artes Decorativas Portuguesas.[1] Além
da sua actividade como investigador ao nível da história e teoria da Heráldica,
dedicou-se ao desenho heráldico. Foi o autor das ilustrações heráldicas de
algumas obras, das quais se destaca a capa da obra "Titulares pereiras e Pereiras titulares", e a de
Fernando Mouzinho de Albuquerque e Cunha - "Mouzinho
de Albuquerque: História e Genealogia". Tem ainda uma produção muito
significativa enquanto criador de ex-líbris heráldicos e não só. Destes
podem-se citar, entre muitos outros, o de António Coelho de Moura e o de
Francisco de Assis Maria de Oliveira de Almeida de Calheiros e Meneses.
Produziu ainda vários cartões para tapetes do tipo “Arraiolos” armoriados. Filho
de António de Paiva Raposo Ferros, que
nasceu a 05-02- 1911, e faleceu em, Cascais, São João do Estoril a 15-03-1997,
actor de teatro e cinema, iniciou a sua carreira teatral fazendo teatro amador
no Grupo Dramático do Clube Estefânia. Em 1935 é descoberto por Leitão de
Barros que o convida para ser um dos protagonistas do filme "As Pupilas do
Sr. Reitor", fazendo assim o papel de Daniel das Dornas. O seu talento e a
sua dedicação fazem com que, quer o cinema, quer o teatro não mais o deixem de
chamar[2].
Passa pelas maiores companhias de teatro das décadas de quarenta e cinquenta,
como a companhia "Rey-Colaço/Robles Monteiro". [3].
Foi agraciado pelo Presidente da Republica [4]com
a comenda da Ordem Militar de São Tiago de Espada, a 10 de Junho de 1995, e de D. Maria Luísa Perry Vidal Gaya , que
nasceu em Lisboa, Coração de Jesus a 24.10.1906 e faleceu em Cascais, São João
do Estoril a 26-02-2000. Neto paterno de
António Joaquim Ferros Júnior, nascido em Lisboa, São Nicolau 05.02.1888, e
falecido em Lisboa a 09.09.1918 e de D. Olivia
de Paiva Raposo, nasceu em Ribeira Grande, Matriz (Ribeira Grande), Nossa
Senhora da Estrela 03.01.1891, e faleceu em Lisboa, São Mamede em 1974, e
materno de Álvaro Gaia, nascido em
Lisboa, Santa Catarina 06.10.1873, era funcionário publico, Director dos CTT - Correios,
Telégrafos e Telefones, membro da Associação
de Socorros a Náufragos, recebeu a
Medalha de Prata da Rainha D. Amélia pela bravura no socorro a um naufrágio, e
de D.
Aida Santos Perry Vidal, nascida em Lisboa a 04.05.1878, e falecida em
Lisboa, Coração de Jesus, a 22.06.1920.
[1] Por alvará do
Conselho de Nobreza de 28-11-1987
[2] . Filmografia de
Paiva Raposo: 1935 - "As Pupilas do Senhor Reitor" - Leitão de
Barros, 1940 - "Pão Nosso" - Armando de Miranda, 1946 -
"Camões" - Leitão de Barros, 1946 - "A Mantilha de Beatriz"
- Eduardo Garcia Maroto, 1947 - "Aqui Portugal" - Armando de Miranda,
1949 - "A Morgadinha dos Canaviais" - Caetano Bonucci, 1959 - "O
Primo Basílio" - António Lopes Ribeiro, 1959 - "O Passarinho da
Ribeira" - Augusto Fraga, 1962 - "Um Dia de Vida" - Augusto
Fraga, 1987 - "O Desejado - As Montanhas da Lua" - Paulo Rocha.
[3] Participou em
centenas de peças, tais como: "Um Marido Ideal" e "É Preciso
Viver" ambas em 1946; "Outono em Flor" e "Espada de
Fogo" ambas em 1949; "Nau Catrineta" em 1951; "A Ceia dos
Cardeais" em 1952; "A hora da Fantasia" em 1954; "As Árvores
Morrem de Pé" em 1965, entre muitas outras.
[4] Dr. Mário
Soares.
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