Escudo sob elmo e timbre, ornado de pequeno paquife.
Timbre de Amados
CBA de 04-05-1748, passada a Pedro Amado da Cunha e Vasconcelos.
Diferença - Brica azul com farpão de prata.
"Edifício típico provinciano da transição de quinhentos para
seiscentos, apesar de ter três naves (elemento raro em edifícios deste género).
Apresenta planta simples longitudinal e cobertura de madeira nas naves, paredes
planificadas e simples aberturas, notando-se no portal S. e na janela do coro a
presença da decoração barroca de setecentos.
A sua construção data de 1595, tendo sofrido uma importante reforma no século
XVII. Tem por orago Santo Estevão. Sofreu obras de restauro ao longo dos
tempos, encontrando-se actualmente fechada ao culto pelos mesmos motivos, obra
levada a cabo pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Planta longitudinal de três naves e capela-mor. Cobertura em telhado. Frontaria
com porta principal em arco semi-circular com cimalha direita e por cima a
janela do coro, dois óculos quadrangulares e escudo nacional. À direita
encosta-se uma torre sineira, obrada em três lanços e composta por quatro
ventanas. Apenas possui sinos nas ventanas S. e P., sendo um deles datado de
1777. Ocupa o sítio da primitiva, cujo acesso era pelo coro (actualmente faz-se
pelo exterior). Na fachada S. a porta está enquadrada por duas colunas com
frontão interrompido pela escultura do padroeiro, Santo Estevão. No interior,
as naves são divididas por cinco arcadas semicirculares assentes em colunas
dóricas, tecto de madeira na nave e abóbada de pedra em caixotões na
capela-mor, onde existe também uma inscrição parietal, sob o escudo dos Frois:
"O DOVTOR. FR(ANCIS)CO. ROIZ. FROES / CAPELÃO DEL REI PADROEIRO / DESTA
IGREIA MANDOV FAZER / ESTA CAPELA. S. SVA. CVSTA / NO ANNO DO SENHOR /
15(95)". Um púlpito encosta-se à segunda coluna do Evangelho, é
cilíndrico, sobre balaústre, confirma a data: "ERA 1595". Uma capela
em cada colateral, na esquerda a do Sacramento com portal avançado obliquamente
sobre a nave, de planta quadrada com porta de ligação à sacristia; a da
direita, dos Couceiros, com arco enquadrado por dois pares de colunas com
cobertura de abóbada de pedra de caixotões, às quais se junta um arco na parede
S., junto à entrada lateral.
Nada se sabe sobre a sua fundação, no entanto, quando foi demolido o cunhal do
primeiro arco da nave do N., junto à capela-mor, dizem que apareceu uma pedra
redonda, como as dos moinhos. Nela gravava-se, em relevo, dum lado um lavrador
curvado sobre o arado que era puxado por uma junta de bois e tinha, perto, um
saco cheio atado pela boca que um rapaz tentava desatar. No reverso, estavam um
carro, umas grades, um rodeiro, uma carga, solas, etc, tendo em volta a
seguinte legenda: "Os lavradores, os caseiros e mais povo, as nossas
custas". Esta pedra desapareceu em data incerta. A Igreja assenta sobre
uma mais antiga, estando agora a um nível superior, devido a alteamentos sucessivos
do pavimento (uma vez que era constantemente inundado pelas enchentes do
Mondego). Desde o século XVI (1595) tem sido alvo de obras e restauros
custeados pelo Erário Régio, Confrarias do Santíssimo e Almas, Bulas de
Cruzada, legados de Santa Maria e esmolas do povo. O pároco era de apresentação
do padroado real, tendo o rendimento de 300$000 reis. Porém, mais tarde e até
1755, a apresentação do pároco pertenceu aos Duques de Aveiro e tinha, nesse
ano, um rendimento superior a um conto de reis. O Cura da Igreja recebia o
rendimento do pé do Altar e Passal, quantia insuficiente para subsistir e
custear vinho, hóstias, cera, azeite, etc. Daí, o edifício estar sempre em
ruína, a ponto de, em 1754, o Juiz da Igreja, António de Lemos, solicitar
subsídio urgente ao Bispo de Coimbra, procurando evitar a queda da abóbada. Em
1767, os dízimos rendiam 320$000 (pagos em quatro vezes), arrematados a 14 de
Maio e contrato firmado por escritura entre o Prior, Pedro Mascarenhas de
Mancellos e Francisco Jozé Cotovia, de Pereira. A porta lateral (a S.) tem um
pórtico concebido pelo mestre canteiro de Pereira, João Pereira Leytão, entre
os anos de 1773 e 1774, custeado pelo Provedor da Comarca, o Dr. Manuel da
Silva Carvalho, por 200$000 reis. Em 1787, João Pires da Cruz Mayo, o moço, e
Jozé Pires Mayo, mestres pedreiros de Pereira, ajustaram consertos nos telhados
da capela-mor, sacristia e capela das Almas, por 40$000 reis, a pagar pelo
Legado de Santa Maria. Existem notícias de mais pequenos restauros em 1805 e
1853. Os pavimentos, inicialmente de madeira e pedras sepulcrais, passaram, a
partir de 1840 (aquando da proibição de enterramentos), a lages de pedra,
calçada e asfalto, até um misto de mosaico e lajedo. Em 1867, a Igreja sofreu
grandes danos devidos às fortes cheias do Mondego. A Junta de Paróquia pediu
apoio ao Governo, seguindo-se o início das obras custeadas pelo Bispo de
Coimbra, Sua Magestade e pelo povo de Pereira. A actual torre advém de uma
construção iniciada em 1876 e concluída em 1897. O projecto e supervisão foi da
responsabilidade do engenheiro Miguel Silveira Azevedo e os custos foram
suportados pela Junta de Paróquia, legado de Santa Maria e confrarias das Almas
e Santíssimo Sacramento. Os sinos foram colocados na torre em Agosto de 1895,
as obras foram concluídas em 1897. A 12 de Março de 1960, uma faísca demoliu um
cunhal, mais tarde reparado pelos Monumentos Nacionais. O coro foi objecto de
reformas e reparações no século XVIII. Desde os anos 50 do nosso século até à
actualidade, este edifício sofreu intervenções da Direcção-Geral de Edifícios e
Monumentos Nacionais: 1952 - reparação da cobertura da torre sineira, da
sacristia e reconstrução da parede esquerda da nave; 1955 - reparação dos
tectos; 1956 - reparação das paredes e pavimentos da sacristia; 1957 -
reparação do muro do adro; 1959 - reparação dos altares e retábulos; 1960 -
reparação geral da torre; 1963 - instalação eléctrica; 1986/1987 - obras de
beneficiação; 1998 - reparação das coberturas da sacristia e capela-mor,
drenagens exteriores".
in:http://www.cm-montemorvelho.pt/patrimonio_historico.asp?ref=11PER
Caríssimos,
ResponderEliminarAs fotografias nºs. 6 e 7 da Igreja de Santo Estevão, Pereira, Montemor-o-Velho registam imagens da campa/pedra sepulcral c/ referência a D. Mariana Antónia Amado da Cunha e Vasconcelos (n. 8 Nov 1806 + 8 Jan 1865).
A referida é m/ 4ª Avó - Bisavó do meu Avô materno D Gonçalo Luis Ramalho Lobo de Moura Amado da Cunha e Vasconcelos - 11º Senhor da Casa dos Amados + Senhor da Casa e Quinta da Formoselha + Senhor da Quinta da Cabeça Gorda + Senhor da Quinta de Matamouros + Capela Nª Sª do Pranto.
O Brasão foi atribuído por Carta de Brasão de Armas a 4 de Maio de 1748:
- I e IV quartel correspondem às Armas dos Amados - Esquartelado sendo o 1º e o 4º de azul com uma águia estendida de ouro; o 2º e o 3º de verde com uma banda de prata carregada de seis pontos de arminho de negro.
- II Vasconcelos;
- III Cunhas
A Família Amado da Cunha e Vasconcelos tem origens anteriores à constituição de Portugal (existem registos que relacionam os Amados com por exemplo Moninha Guterres + Ursinda Mumadona de Coimbra etc, e estabeleceu-se em Vila de Pereira + Formoselha + Santo Varão há longa data (sec XV).
Uma das m/ antepassadas - Brites Anes a boa dona; teve 1 filha de D João II,Brites Santarém que se casou com Amador Baracho (Carta de Brasão de Armas Amado, Baracho e Santarem em 17 Julho 1543).
Por salvador maria amado de vasconcelos duarte silva