segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Capela de Nossa Senhora da Encarnação - Nespereira - Gouveia



Escudo esquartelado de: I e IV - Freires ou Andrades II - Machado. III -Melo.

(Leitura de: Gonçalves, Eduardo Osório - "Raízes da Beira", Vol II, Dislivro Histórica, Lisboa, 2006, p,376)

Solar dos Carvalhos da Cunha - Moimenta da Serra - Gouveia





Campo de escudo sob elmo e timbre.
Esquartelado: I - Carvalho. II - Castelo-Branco. III - Brandão. IV - Cunha.

Jazigo da família Caldeira Cabral no cemitério de Moimenta da Serra - Gouveia


Escudo francês sob timbre:
Esquartelado: I - Cabral. II - Castelo-Branco. III - Ribeiro. IV -Soares de Albergaria.
Timbre de Cabrais.

Colégio dos Jesuítas / Câmara Municipal e Tribunal de Comarca de Gouveia










 Armas plenas de Figueiredos





 Armas plenas deTávoras



Cronologia

1625, 20 Janeiro - o primeiro marquês de Gouveia foi D. Manrique da Silva, conde de Portalegre; 1693, 16 Outubro - D. Maria Ferreira instituiu um morgado, em que a terça dos seus bens, caso não tivesse descendência, reverteria para a Companhia de Jesus, para criarem um colégio destinado ao ensino de latim e moral, ficando os padres obrigados a duas missas quotidianas por sufrágio; 1723, Março - António de Figueiredo Ferreira enviou uma carta ao visitador da Província com a intenção de fundar o Colégio, para o ensino de moral, filosofia, latim e primeiras letras, devendo ser destacados dois padres missionários para a região. 15 Agosto - fundação do Colégio, dedicado à Santíssima Trindade, pelo Mestre de Campo António de Figueiredo Ferreira, filho da anterior, e a esposa D. Brízida de Távora; 1733, 15 Novembro - ajuste para a primeira obra do convento, a execução de um paredão em frente às casas dos fundadores, para criar um pátio para os estudos, executado por Gaspar Ferreira de Pinhanços e Aleixo Álvares de Arcozelo, por 66$200; as obras eram dirigidas pelos Padres José de Melo e Bernardo Vieira; construção de regos para escoar a água do terreno; 1734, 4 Janeiro - abertura dos alicerces no lado das hortas; 27 Fevereiro - término das primeiras obras de abertura de alicerces; 9 Setembro - contrato para a construção do colégio com os mestres António do Vale, de Gouveia, António Lourenço e Manuel do Vale, ambos de Caminha; 1738, 28 Agosto - começou o corte de pedra nas pedreiras de Vale de Cadela, pelos pedreiros Aleixo Álvares, Domingos Lourenço, André Lourenço e António Gonçalves, e pelos oficiais Miguel Gonçalves, Bernardo Ferreira, Manuel Dias, António Gomes, António Mendes, Domingos Álvares, Manuel Barbosa, Agostinho Gomes, Francisco Gomes, António da Cunha, Manuel de Sousa, José Marques, Manuel Lourenço, Domingos Guerreiro, António do Amaral e João Lopes; 1739 - inauguração do imóvel; 1743, 1 Julho - o Padre Bernardo Vieira era vice-superior e procurador geral do convento, residente nele; 1752 - o carpinteiro Manuel Caetano era assistente no Colégio; 1752 - 1760 - as Casas da Câmara estavam situadas junto ao Pelourinho *1; 1755, 1 Novembro - a cruz da empena caiu na sequência do terramoto; 1759 - envolvimento dos marqueses de Gouveia no atentado real, leva à extinção do marquesado, assumindo o concelho municipal o poder em nome do rei; Fevereiro - na data do sequestro dos bens dos Jesuítas, as obras não se encontravam concluídas e o edifício albergava 5 religiosos; a biblioteca possuía 1640 livros; 23 Junho - alvará extinguindo as classes e as escolas jesuíticas; 24 Julho - inventário dos bens do Colégio, assinado por Luís Estanislau, onde se refere que as alas da quadra, colégio e parte da igreja estavam por concluir, especialmente no que dizia respeito à Capela de São Francisco Xavier; os jesuítas possuíam vastos rendimentos, nomeadamente 21:382$608 a juros, as rendas de uma quinta em Oliveira do Conde, uma em Cabra e outra em Seia, bem como a Capela da Senhora da Serdaça, em Folgosinho; 1760 - 1763 - com a expulsão dos Jesuítas, a Câmara passou a administrar o edifício do Colégio em nome do Erário Régio, procedendo, nesta época, à divisão da cerca por uma parede que importou em 400$000, e venda da mata envolvente ao capitão-mor António José Pimentel por 280$000; 1766, 15 Novembro - inventário dos bens encontrados nas dependências do colégio, nomeadamente nas celas, refeitório, livraria e capela, com enorme relação de pratas, paramentaria e imaginária *2; 1774 - as freguesias de Aldeias, Mangualde e Moimenta passaram para Coimbra; séc. 19, início - com as invasões francesas, o edifício acolheu os franciscanos provenientes do Convento do Loreto, em Almeida; 1809 - instalação do quartel do Batalhão Caçadores 7; 1839, 30 Julho - D. Maria II instala no imóvel o Tribunal e Cadeia; 1839 - a Câmara arremata o imóvel e o Convento de São Francisco por 3:500$000 réis a Bernardo António Homem; 1908 - a zona central era em cantaria aparente; séc. 20 - os herdeiros do Conde de Caria vendem o imóvel à Câmara Municipal, para instalação da mesma; execução dos relevos para o átrio por Gustavo Bastos e Lagoa Henriques; feitura de uma tela para a Sala de Audiências do Tribunal por Martins Barata; 1964, 5 Abril - inauguração do novo edifício da Câmara, conforme projecto do arquitecto Álvaro da Fonseca.


Características Particulares

Edifício de construção tardia, que não chegou a ser concluído, devido à extinção da Companhia de Jesus, sendo um dos maiores imóveis da cidade, muito alterado para adaptação a edifício municipal e judicial, sendo suprimido o espaço da igreja, transformado em vestíbulo de acesso ao mesmo e em corredores e escadas de circulação, mantendo, contudo, a planimetria primitiva, a simplicidade da linguagem decorativa e a uniformidade dos vãos, apenas contrariado pela maior exuberância decorativa dos portais de acesso à igreja, como os frontões interrompidos, envolvidos por elementos vegetalistas, as janelas dos panos centrais, em arco abatido e decoradas por frontões semicirculares ou em cornija curva, bem como os remates curvos da cornija, as pilastras de fustes e plintos almofadados e os pináculos piramidais que as sobrepujam. A fachada da igreja é tripartida, mas os portais laterais encontram-se rasgados num pano independente e não abrem directamente para a nave, mas para um espaço junto às capelas colaterais, solução que também podemos observar no Colégio de São Francisco Xavier, em Beja (v. PT040205090073), podendo corresponder a uma tipologia tardiamente adoptada pela Companhia. Nos pátios laterais, existem vestígios dos primitivos revestimentos azulejares e fontes; na zona central do claustro, implantado na divisão dos dois claustros, foi colocada uma ampla fonte, de construção recente. No vestíbulo, apresenta esculturas e relevos modernistas, de eminentes artistas desse período.

in: monumentos.pt

Antigo Solar dos Condes de Vinhó e Almedina / Museu Abel Manta - Gouveia





 Escudo de fantasia sob elmo e timbre:
Esquartelado: I - Almeida  II - Sequeira. III - Pinto. IV - Silva

CBA passada a João Pinto de Sousa e Silva, a 21-03-1757.

(Fonte: Gonçalves, Eduardo Osório - "Raízes da Beira", Vol I, Dislivro Histórica, Lisboa, 2006, p.459)

Características Particulares

Casa solarenga, transformada em museu, composta por dois corpos adossados, o principal destinado aos proprietários e o secundário às dependências de apoio e aos serviçais, possuindo, ainda, vestígios do primitivo jardim formal, actualmente transformado em espaço público, composto por canteiros de buxo em forma de pétala. O edifício principal possui tratamento mais cuidado, tendo vãos em arco abatido na fachada principal e rectilíneos na posterior, onde se desaca a janela do salão nobre, de sacada, com moldura recortada e encimada por cornija curva. As janelas da fachada principal têm molduras recortadas, criando falsos aventais e pingentes, rematadas por pequeno friso em forma de toro e concha. A antiga fachada lateral direita do corpo principal foi demolida, entaipando-se alguns vãos e criando uma varanda alpendrada, para onde abrem ambos os corpos. No interior, destaca-se a existência de janelas conversadeiras em todos os aposentos e uma lareira ampla, em cantaria, que marca a existência da primitiva cozinha.


Cronologia

Séc. 18 - construção do imóvel; 1882, 13 Abril - D. Luís, por decreto, outorga a Delfim Deodato Guedes o título de Conde de Almedina; 1906, 9 Maio - D. Carlos, por decreto, outorgou a António Homem Machado Abreu Castelo Branco o título de Conde de Vinhó; 1950 - criação do Museu Municipal de Gouveia, por iniciativa do Dr. Manuel Augusto Tavares Ferreira, com a finalidade de reunir elementos dispersos, desde peças arqueológicas, imaginária, armaria, pintura e numismática; séc. 20, anos 80 - a Câmara Municipal adquire o imóvel; 1980, Fevereiro - Estudo prévio da envolvente do Palácio dos Condes de Vinhó no âmbito da sua adaptação a museu, pela equipe do Prof. Francisco Caldeira Cabral *2. O estudo prevê um zonamento do espaço, definindo áreas funcionais como: entrada principal, zona de estar, jardim formal, esplanada-museu, zona de convívio e parque de estacionamento automóvel. Segundo este, "os jardins além de servir de enquadramento do edifício do museu será uma extensão do museu ao ar livre, servirá ainda para repouso e lazer e ainda será ponto de passagem dos habitantes da vila", comentando também "no muro adaptou-se a construção tradicional em pedra seca, rústica ou aparelhada, conforme as circunstâncias, por ser a que melhor se integra no jardim"; 1981, Maio - projecto de execução dos espaços exteriores do museu onde afirma " Manter uma parte do antigo jardim, restaurando com jardim de buxo, característico das casas da região, melhorou-se uma zona de estar e criaram-se zonas de acesso e de passagem com uma expressão mais adaptada à função dos nossos dias". O projecto foi apenas parcialmente executado já que os planos de plantação foram adulterados; 1982 - morte do pintor Abel Manta *3; 1983 - reinstalação do espólio do museu municipal no imóvel, que sofreu obras para esse fim, que foi baptizado como Museu de Abel Manta; 1985, Fevereiro - inauguração, com exposição de várias obras de Abel Manta, doadas pelo filho, o arquitecto João Abel Manta.

in: monumentos.pt


Jazigo da família Moura Portugal - Cemitério de Gouveia


Escudo francês partido: I - Contra-esquartelado de Moura e ?. II - Cortado de 1 - Amaral. 2 - Cardoso.

Jazigo de Família do Conde de Caria - Cemitério de Gouveia


Escudo de fantasia sob elmo e timbre:
Esquartelado: I - Almeida  II - Sequeira. III - Pinto. IV - Silva
CBA passada a João Pinto de Sousa e Silva, a 21-03-1757.
(Fonte: Gonçalves, Eduardo Osório - "Raízes da Beira", Vol I, Dislivro Histórica, Lisboa, 2006, p.459)

Casa da Torre - Gouveia













Cronologia

Séc. 16 - provável edificação da casa, que posteriormente pertenceu aos Marqueses de Gouveia; 1625 - concessão do título de Conde de Gouveia, por Filipe III de Portugal, a favor de D. Manrique da Silva, 6.º Conde de Portalegre; posteriormente, foi concedido o título de Marquês de Gouveia a favor dos Condes de Gouveia, da Casa dos Duques de Aveiro (Lencastre); 1743 - a casa pertencia a D. Brízida de Távora; 1759 - com a condenação de D. José de Mascarenhas, o título foi herdado pelo seu sobrinho, Marquês de Lavradio, Conde de Santa Cruz, Conde de Portalegre, Marquês de Gouveia e Marquês de Torres Novas.

in: monumentos.pt

Solar Serpa Pimentel - Biblioteca Virgilio Ferreira - Gouveia







Escudo francês sob elmo e timbre de Pimenteis, e assente sobre cruz de Cristo.
Esquartelado. I - Vasconcelos. II - Pimentel. III - Mesquita. IV - Freire.

(Leitura de: Gonçalves, Eduardo Osório - "Raízes da Beira", Vol II, Dislivro Histórica, Lisboa, 2006, p,540)

Casa muito simples e adulterada nas fachadas posterior e lateral direita por remodelações recentes e com recurso a materiais destoantes, mantendo as fachadas principal e lateral esquerda, com profusa decoração barroca dos vãos, com molduras recortadas, fragmentos de frontão invertidos, volutas, brincos em forma de pingentes e cornijas angulares, que contrastam com a rígida disposição simétrica dos vãos. Mantém as conversadeiras das janelas, alguns tectos de gamela, provavelmente datados do séc. 19, a capela e a sua ligação primitiva à casa. A capela, sem se destacar exteriormente, possui azulejos de padrão policromo, provavelmente oitocentistas e retábulo do mesmo período, mas de estrutura inspirada nos retábulos de andares maneiristas, possuindo tábuas setecentistas, com representações hagiográficas.

Cronologia

1782 - 1785 - construção do imóvel por José Freire Pimentel de Mesquita e Vasconcelos, com capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres; séc 19 - construção do retábulo, aproveitando elementos pictóricos de uma estrutura primitiva; séc. 20, década de 90 - a Câmara Municipal resolveu adaptar o imóvel a biblioteca, redimensionando o edifício e criando uma ala nova para o auditório; 1995, 10 Setembro - inauguração da biblioteca pelo Presidente da República, Dr. Mário Soares, estando presente Vergílio Ferreira.

in: monumentos.pt